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Diário de Batalha

De Mystical Tales

Não esperem encontrar aqui algo belo de ler. Todas as coisas que escrevo são práticas sem enrolações de poetas. Não sou um poeta, sou um soldado. Logo, escrevo como um.

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1º Dia

A marcha foi longa. Mais longa do que eu previa. Homens marcharam arduamente debaixo de um sol que chicoteava suas costas como um carrasco. A areia do deserto, quente como o inferno, mesmo em plena primavera, ardia em nosso pés.

Muitos se perguntavam o motivo daquela missão. Alguns diziam que era uma demonstração de poder do novo reino, outros que era apenas uma missão de praxe, uma escaramuça. Alguns não se interessavam, apenas seguiam ordens.

Eu sabia o motivo, e gostaria mesmo de contar ao homens, mas as vezes, o sucesso de uma missão depende exatamente do menor número de pessoas sabendo do real significado. E isto funcionou.

Eu, Ragnard, Clara, Lucas, Edward e Humbert, os soldados que haviam sido designados a conquistar o forte tomado pelos Al'kadins. Cada um de nós atravessou o deserto. Todos unidos, como Kalesh jamais vira igual.

Passos firmes, mesmo sobre o instável chão de areia, nos levaram ao forte de Iluvan, construído ainda sobre a regência do falecido rei Ganon. A majestosidade dele esplandeceu nossas vistas cansadas daquele sol escaldante e o atravessamos.

Ao longe, avistado das altas muralhas, enquanto Lucas guiava um pequeno grupo para saída norte de Iluvan, não avistei nenhum inimigo. Apesar de sofrida pelas intempéries do tempo, nós estávamos com poucos problemas em questão de combate.

A Planície Branca, como o povo a chama se estendia silenciosa, palco outrora de guerras sangrentas, agora só servia de lar para animais selvagens como os escorpiões gigantes que só serviram para atrasar um pouco a já longa jornada.

Lucas liderava militarmente, eu e Ragnard guiavamos o grupo no território que conheciamos. Este calor exagerado só aplacou um pouco ao chegarmos na Floresta das Folhas Mortas, que entrecorta o deserto mais ao norte.

A floresta fantasma, tanto mal fadada nos contos da cidade, não foi obstáculo além de dividir e modificar a formação cerrada com a qual o grupo marchava. Alguns pequenos desvios, mas nada demais. A mata densa tinha de ser pouco a pouco cortada para que o grupo, mesmo não sendo do tamanho de um exército, pudesse passar.

E quando novamente se fez clareira em meio, revelou-se uma grandiosa construção que eu já conhecera. Um templo antigo e abandonado dos Al'kadin. Este povo, ou melhor, estes animais selvagens do deserto, realizavam o culto a seu deus falso sacrificando pessoas. Eu mesmo já vira rituais terríveis e sangrentos, coisas que gostaria apagar de minha memória mas que me é impossível.

Assim que atravessamos o loca, contornando, chegamos a boca do Desfiladeiro dos Enforcados. Ele assim foi nomeado pois, os Al'kadins, habitantes mais antigos da região, puniam seus criminosos enforcando neste local, bem na entrada. Ao que eu ouvi certa vez, eles acreditavam que aqueles que fossem executados ali seriam enviados para o inferno.

Atravessamos, tivemos pequenas lutas com criaturas selvagens do lugar, mas, novamente, nada que nos atrasasse tanto até chegarmos a entrada da mina assombrada, sabe se lá por quem, talvez por criminosos assassinados.

Então avancei, segundo a ordem de Lucas, para averiguar, pois estavamos próximos de nosso objetivo. O forte, como era de se esperar, estava guarnecido por uma grande força de Al'kadins. Arqueiros, guerreiros, e até mesmo feiticeiras.

Retornando para o grupo Lucas acertou a estratégia. Usariamos da mina para realizar um engodo. Ragnard plantaria aquelas usuais minas terrestres alquímicas e nós iriamos atrair a atenção deles para cima da delas e, conforme avançassem, sofreriam das flechas até ficarem na frente da entrada da mina. Neste ponto os guerreiros os pegariam pelo flanco e destroçariam-os no meio.

A tática foi perfeita. Sangue Al'kadin molhou a terra em meio a gritos de explosões, flechas e golpes de espada.

Ainda no furor da batalha avançamos contra o forte, que ainda possuia arqueiros em seu interior, e eu tomei a frente subindo na grade até o alto da muralha descendo uma corda para que todos subissem rapidamente.

Ao chegarmos lá, nova matança e a vitória total foi finalmente alcançada.

O forte, outrora pertencente aos Al'kadins era de Kalesh, era nosso. E assim batizei-o, em homenagem aos antigos tempos, de Forte de Belsand, ficando a meu encargo organizá-lo e guarnece-lo com os soldados que seriam enviados de Kalesh.

A missão ainda não terminou e em breve meu relato continurá. Mas Kalesh reina e esta terra verá seu poder crescer como deve ser.

6º Dia

Durante o tempo que passou desde a tomada do forte não houve muito o que fazer. Infelizmente os primeiros soldados foram mortos no caminho. Coisa que só fui saber tempos depois. Não sei exatamente por quem, mas eles foram encontrados no caminh, sem suas armas e seus pertences.

Eu os enterrei perto do forte, com as honras necessárias para soldados. Era assim na longínqua terra de Belsand, não haveria de ser diferente aqui.

Os soldados que chegaram após me ajudaram a construir e a colocar a grade. Nos esforçamos muito, pois a grade era sólida, construída com alguma liga forte. E ela ficou perfeita, como tinha de ser.

Os dias que se seguiram foram um grande marasmo, em que tentavamos não pensar em nossas casas ao longe, em Kalesh. De minha parte, eu só conseguia pensar na perdida Volund e nas lembranças da terra que eu deixara pra trás há tantos anos.

E foi neste pensamento que fui acometido pela surpresa de avistar no horizonte uma linha escura vir para a boca do desfiladeiro. Eu reconhecia, e tinha previsto isso já mas de alguma forma, aquilo me consternou. Acho que a passividade de um soldado sem guerra já tinha começado a me tomar.

Eles armaram acampamento, pelo que parecia, estavam esperando alongar sua estada o quanto pudessem. E apesar disso estar estampado no rosto de cada um de seus soldados, eles não perderam tempo e avançaram.

Eramos quatro e eles muito, e, como todo exército Al'Kadin, havia três arqueiros para cada guerreiro com espada. Não chegaram a ter um ataque tão massivo às grades, mas, ainda que protegido na muralha, Jadir foi acertado por uma flecha e, sabe se lá porque, conseguiu sobreviver.

Foi por isso que, ao cessar do ataque deles, que cansaram-se após nós retornarmos para dentro do forte, enviei-o para Kalesh, para pedir reforços. Era a única esperança de suportar os ataques dos soldados.

E assim esperei, um longo tempo, e cada segundo se expremeu e a todo e qualquer momento eu podia ouvir, como uma alucinação, aquele tambor que anunciava o ataque. Mas ele não vinha. E nem os reforços.

O sol não estava tão forte quanto outrora no deserto, mas seu brilho distinto forçava-me a cerrar os meus olhos quando refletia nas armaduras do adversário. Era como um sorriso metálico, o sorriso de Ferid. Pronto para me aniquilar.

E o primeiro rufar, dos três que anunciam a investida, sôo e eu olhando ao horizonte não os vi chegar e temi pela primeira vez. Mas, algo deve ter acongecido no acampamento alkadin, pois o segundo não veio logo. Talvez tenha sido uma tentativa de engodo, mas em meu estado de nervos eu não conseguia pensar em nada.

Até que Humbert gritou no portão, dizendo que a ajuda tão esperada havia finalmente chegado. Eu agradeci aos deuses, mesmo não acreditando tanto neles e abri os portões para os outros que chegavam.

Minhas palavras foram rápidas, Lucas procurou armar algum tipo de estratégia, mas não houve tempo. As duas batidas soaram fortes e o exército Alkadin marchou contra a grade.

Eles vinham pisando forte enquanto que nós iamos nos posicionando próximo à grade. Alguns de nossos soldados travaram a grade com seus escudos e os arqueiros se posicionaram logo atrás.

E o choque, aquele primeiro choque, foi violentíssimo. A grade rangeu e as pernas dos soldados que seguravam-na dobraram de tal forma que por um instante parecia que ia se romper. Mas manteve-se enquanto que os arqueiros atiravam pelas frestas do portão.

E nós fizemos muitos buracos, tantos que a trombeta do acampamento deles não demorou a soar e eles recuaram. Os que ainda estava de pé. Notei que a grade havia sido forçada demais e que a pedra que segura ela havia rachado. Não havia muito tempo para que ela resistisse.

E quando terminou um enviado de um líder veio no que ele chamava de paz para falar que nós nos rendessemos. Houve trocas de xingamento e ironias e mais ironias, conversas inúteis e ele retornou para o acampamento.

Por isso nos reunimos rapidamente na sala para discutirmos alguma estratégia. Lucas ordenou que um pequeno grupo entrasse pela mina assombrada e tentasse encontrar uma passagem. Eu, Erestor, Alothios, que só descobri o nome depois da batalha, e Ragnard. Nós lutamos, enquanto os outros seguravam a investida, a segunda investida dos Al'kadins, lá no forte.

Mas nossa busca foi infrutífera e, quando a segunda investida fora rechaçada, não sem causa mais estrago a grade, retornamos. E não houve espera também nesta segunda. Pudemos ouvir tão logo que chegamos o som de algo se arrastar, algo pesado, sobre a grama.

E de longe era possível ver aquele brilho mortal que o sol faz quando toca o metal. Era um canhão, um poderoso canhão alkadin. Eles iriam a todo custo derrubar aquelas grades. E assim que ele foi instalado e carregado, sua boga começou a cuspir aquele fogo infernal.

Os Al'kadins, por mil diabos, devem ser os safados com os melhores mestres armeiros de toda Hellfar. Erraram poucos tiros e, quando já haviamos recuado, depois de deixar uma enorme barricada na grade, a grade foi ao chão, aquela maldita grade que eu e os soldados tinhamos posto há poucos dias.

O fogo se espalhou e apagou rapidamente, pois o chão era de pedra e eles, assim que isso aconteceu, avançaram, e os afunilamos nas portas. Mas eles estava com tamanho ímpeto pela destruição da grade, que conseguiram romper nossas linhas e tivemos que recuar.

Escada após escada, na direção do topo do forte, fomos recuando e matando, mas eles pareciam como formigas, e cada vez mais juntavam mais. Flechas voando sangue escorrendo pelas pedras, gritos de guerra, escárnios, gritos de dor, espadas se chocando contra escudos, espadas se chocando contra espadas.

Lohan golpeava feito um demônio, enquanto que Edward lutava com presteza escolhendo seus alvos, Alothios defendia seu senhor Erestor, enquanto que este acertava os adversários com o poder arcano, Imallorn assim o fazia, e ajudava os feridos. Estavam todos em conjunto, lutando por Kalesh, mesmo que através de seus próprios ideais.

Ragnard golpeava tão veloz que em meio aquele mar negro, das peles de Al'Kadins vivos e mortos, o brilho de sua arma era como o brilho de um inseto a voar rapidamente. Humbert também guerreava velozmente, demonstrando que nem sempre a força é tão decisiva.

E assim, corpo a pós corpo, conquistamos a nossa vitória. Flecha a flecha, golpe a golpe de espada. A melodia da vitória não é doce, é rude, e foi com ela que vencemos e expulsamos os al'kadins para seu acampamento.

Eles ainda me vigiam, e agora estou sozinho novamente no forte. Mas sua moral está baixa demais para tentarem outro ataque tão rapidamente. Receio que terei uns bons dias de paz. Mas até quando?

27º dia

Desde a última batalha que tivemos, nenhum alkadin do acampamento do cerco havia ameaçado um novo ataque até então. Eles apenas ficavam fitando de longe, quase com ódio, as altas muralhas de Belsand, enquanto eu olhava displicente n'um misto de orgulho e temor.

Orgulho do povo de Kalesh, esta conquista não era minha ou de Lucas. Era essencialmente do povo. E mais do que um povo qualquer, era finalmente o povo que estava se tornando dono de sua própria terra. O que já devia ter acontecido a anos. Seja em Luyaran, [[Abissai, Antiga Belsand, ou até mesmo na decadente Caliste.

Este é um orgulho que eu sentia na terra dos Laveques. É um orgulho que poucos sentem. O de amar a própria terra. Mesmo que ela não nos ame. E é isso que agora, cada vez mais, eu vejo surgir nos olhos e nos braços de cada homem de Kalesh a força necessária para assegurar sua posse.

Temor, pois, como dizem os poetas, se teme mais aquilo que se desconhece do que o que está a sua frente. Pode-se dizer, os Al'Kadins não estão a frente? Sim, mas o dia do ataque, ou como será o ataque, este está coberto por um véu escuro, mais escuro do que a carne destes que me cercam.

Mas, como eu disse, não haviam ameaçado até então. Mas aos poucos eles tornaram-se mais seguros. Já se aproximavam das muralhas e um chegou perto o bastante do alcance do arco, tanto que James retesou o dele e estava prestes a soltar a flecha quando eu ordenei que ele parasse.

- Não seja tolo, isso vai nos complicar.

Mas algo precisava ser feito, por isso enviei-o para a capital, para que ele pudesse avisar Lucas sobre os acontecimentos e sobre minha idéia para manter os alkadins mais tempo dentro de suas tendas.

Quando ele retornou, contou-me que Lucas havia deixado a cidade para uma missão e, em virtude disso, havia deixado sob o controle temporário da guarda, Edward, o mesmo que lutara conosco na frente de batalha tantas vezes.

Era um homem decente e, se Lucas o havia escolhido, deve haver alguma razão. Todavia, a mensagem que ele me enviara era a de que iria reunir os soldados e decidir sobre tomar parte e enviar-me um mensageiro.

Confesso que isso me indignou. Era uma missão rápida, então, por óbvio, tinhamos que ser rápidos. Não sou adepto desta coisa de ficar negociando e enviando mensageiros aqui e ali. Mas claro que ele estava pensando na defesa da cidade e por isso tinha que ponderar corretamente.

Mais tarde recebemos uma pequena comitiva. Dalgar, o anão que também já lutara por nós, Batumi e XXXX vieram com a mensagem, falando que eles iriam participar da missão.

Falei que deveriam vir até o forte e do forte eu iria guiá-los até o local onde se realizaria. Então retornaram rapidamente para kalesh, reuniram homens e vieram ao meu encontro.

Era momento de reforçar a disciplina destes homens. Entre eles haviam muitos novatos. O grupo todo era formado por Edward, Dalgar Alothios, Eric, Batumi, e Arkain. Organizei-os em fileiras e dei minhas ordens. Eles deveriam andar juntos e seguir o que eu comandasse sem hesitação, pois, como eu dissera, indisciplina não seria tolerada.

Assim, contei-lhes sobre a história do Desfiladeiro, algo que está começando a ficar entediante. Os criminosos mortos pelos alkadins ali, contavam aquele povo, iam direto par ao inferno.

Mas a mina, a mina abadonada que usamos para a estratégia da primeira investida contra o forte, estava infestada de espíritos, possivelmente os relutantes criminosos.

Nós marchamos por dentro dela até o seu fim e lá eu abri uma pequena entrada que havia encontrado, uma passagem minúscula que levava a uma pequena abertura na montanha.

Houve uma pequena batalha contra criaturas da montanha, mas tinhamos bons guerreiros e uma boa organização, então não foi nada difícil atravessar. Paramos um pouco na saída da abertura e depois cruzamos o descampado, nos distanciando o bastante para que do acampamento do cerco não pudessem nos ver.

E seguimos, marchando feito soldados de verdade, preparados e defedendo uns aos outros como necessário, lutamos como um só. Até chegar no nosso objetivo.

A noite já se espalhava pelo céu e, conforme iamos avançando dentro da região, ela se tornava mais escura e mais desconhecida. Não estávamos mais em Kalesh, adentravamos a uma região que eu tinha estado poucas vezes, mas que já ouvira falar muito. Era Silatorm. Não pertencia aos alkadins, nem a nós.

Pertencia ao inferno.

As árvores aqui são mais escuras, o barulho dos sapatos sobre a grama é constante, mesmo quando o grupo não está andando. Aqui também parece haver mais animais noturnos do que em qualquer outro lugar que eu já tenha visto e aquela sensação... de temor, de que algo está prestes a acontecer, mas nunca acontece, ela está sempre com quem está dentro dela.

Mas avançamos, os corações apertados e a respiração quase ofegante. A noite não nos deixava ver quase um palmo na frente, mas eu tinha certeza de onde estávamos indo e, se para nós era difícil enxergar, para nosso adversário também. Foi quando vimos a luz de fogueira e tendas. Este era o objetivo.

E foi num grito de guerra uníssono que invadimos o acampamento e matamos, arqueiras, soldados, e até mesmo aqueles que dormiam. Todos Al'kadins.

Aquele lugar era o acampamento no qual eles faziam uma espécie de entreposto para o mantimento que vinha de seu lar. E com aquele posto ali, aquele exército que estava no cerco, poderia ficar até o fim dos dias ao redor de Belsand.

Poderia.

Dentre o carregamento dos mantimentos que deveria ser enviado um dos soldados entregou-me uma carta e nela estava escrito que o próximo ataque deveria ser realizado assim que o mantimento chegasse no acampamento de cerco.

Fato, o ataque não seria realizado.

Fato, havia alguém gritando e correndo.

E seguimos a maioria atrás deste homem, eu não queria sobreviventes, mas no calor da batalha, e da perseguição, grande erro meu, nos distanciamos demais e adentramos mais e mais na maldita região.

Quando estávamos procurando o fugitivo um soldado aproximou-se e disse ter visto um homem trajando uma armadura negra, uma longa capa vermelha montado em um garanhão de batalha.

Estes e outros horrores da região eu já tinha ouvido falar então ordenei a todos que retornassemos. Era perigoso demais andar por aquela região.

Voltamos para o acampamento, queimamos tudo, corpos e tendas, e até memso os mantimentos, que pegamos somente o que podiamos carregar sem nos acarretar atrasos.

Há uma característica que notei em minhas pequenas idas a Silatorm. A noite é igual, durante a maior parte do tempo. É como se na região, quando escurece, colocassem uma manto negro, constante. Não há tons claros de azul, começando a ficar mais escuros, atingindo o seu máximo no meio da noite e retrocendo com a proximidade do amanhecer.

Quando a noite vem, é como um mergulho num rio de caverna. E quando ela se vai é tão repentino que só notamos que amanheceu quando o sol já estava alto.

E estavamos perto do forte, no exato momento em que a fumaça do acampamento de entreposto podia ser avistada, seja por nós em Belsand, ou pelos alkadins no acampamento do cerco.

Era possível ver seus olhos de raiva, eles sabiam exatamente o que tinha acontecido. Os soldados de Kalesh, o orgulho e o temor, tinham infligido mais um ferimento nos vermes do deserto. E eles levariam mais tempo para recuperar-se.

Até lá Belsand está protegida. E até lá, a bandeira de Kalesh, formada pelo suor sangue e orgulho de cada habitante do reino, seria hasteada no alto para que todos, sejam mortais os deuses, pudessem ver que esta terra nos odeia mas nós vamos conquistá-la.

De uma vez por todas.


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