Praga da Fúria
De Mystical Tales
Poucos mortais que conhecem estes documentos e apenas um possui os originais. Seu conteúdo já foi transcrito algumas poucas vezes, mas dizem que os escrivãos destas cópias sofreram acidentes terríveis e misteriosos.
Conteúdo |
Diário Pessoal
*onde apareceria o nome do autor, há rabiscos ininteligíveis*
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Recebi hoje um pacote um tanto inesperado: um livro com uma carta de recomendação de Lorde Askell. Folheei o livro e descobri ser o manuscrito de um estudo da medicina negra. Um belo tratado. Inspirador, eu diria. Preciso retribuir o presente de Askell com algo a altura de seu Nome. Rolland, sem sobrenome, é o nome do autor. Parece que ele foi quem desenvolveu a Praga da Fúria nos anões. Muito interessante, mas creio que sou capaz de superá-lo. Vou coletar alguns espécimes para estudos mais aprofundados.
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É impressionante que Roland, com todo seu prodígio e genialidade não tenha notado. Seu intelecto inferior, sempre buscando ampliar uma descoberta antes de compreendê-la, fez com que não enxergasse o óbvio: a praga da fúria é algo intrínseco e inato aos anões. Parte de sua natureza, um aspecto obscuro da raça. Talvez eles tenham recebido uma benção de Yarret em sua gênese. Rolland me inspirou a fazer algo um tanto quanto ousado - magos brancos da Torre diriam que é totalmente inconseqüente. Eu diria que é perfeito.
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Os estudos estão avançando de forma muito lenta. Preciso encontrar um servo que me ajude na captura de anões de Baelgun. Não posso abusar da generosidade Nephiliana, terei que arranjar por mim mesmo. Tenho alguns nomes em mente.
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A cerveja foi uma ótima idéia para atrair mais cobaias. É como carne podre para as moscas. Aos poucos eles estão se aproximando. Quanto mais espécimes, mais certeza dos resultados.
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Acredito que terei que mudar de local de estudo. Andaram me fazendo perguntas estranhas pela cidade. Sem problemas. Estou quase concluindo. Encontrei uma forma de a Praga ser disseminada pelo ar. Todo e qualquer anão que passar por esta região, e daí em diante em todo o local em que ele passar será consumido pela praga, na nova forma dela. Será um inferno para todos os povos de Hellfar.
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A raça anã está condenada. A partir de agora sofrem com algo que não é curado por benção, pois não é maldição, não é curado por antídotos, pois não é doença.
Protocolo de Experimento
Nome:
Praga da Fúria, Ruína Anã ou Natureza Revelada.
Material:
- Almofariz;
- Bancada Alquímica;
- Borrifador;
- Caldeirão;
- Espiriteira;
- Misturador;
- Tubos de Ensaio.
Reagentes:
- Amostras do solo da ilha Gallastrincka fertilizado com o éter de Aristarco;
- Barba de anão de Baelgun;
- Minério de mitril;
- Poções de Furor de Batalha;
- Pergaminhos de Demência;
- Raízes de mandrágoras.
Nota: não detalharei a quantidade de cada um dos reagentes para dar um pouco de emoção aos estudantes.
Manifestação:
- Primeiro dia: Coceira constante pelo corpo, ansiedade. Quando envolvido em combate, apresenta mais vigor e sanguinolência.
- Segundo dia: Paranóia, irritabilidade e impaciência. Quando em combate, parece entrar em um estado frenético e destroça os adversários abatidos. Após o combate, fadiga e ataques de riso.
- Terceiro dia: Desejo assassino incontrolável, fúria constante, alucinações de guerra. Quando envolvido em combate, perde a razão ataca tudo o que se move ao seu redor, não distinguindo aliados de adversários, a não ser que seja abatido. Após combate, se ainda com vida, tem tonteiras e taque cárdia até se enfurecer novamente.
A partir deste dia, seguem-se os efeitos descritos por Roland.
Nota: registro que em um dos testes, houve uma espécie de cópula brutal. Após dois meses de fúria, o indivíduo do sexo feminino se recolheu em uma espécie de toca e entrou em um estado de dormência, que se seguiu por mais três meses, quando ela veio a dar a luz.
Conclusões:
É possível que eu tenha conseguido regredir a raça anã a um estado primitivo de consciência, o que não é exatamente o que eu esperava, pois, apesar deles se mostrarem incapazes de formar sociedade, algo em sua natureza original fora preservado, permitindo que eles se alimentem e procriem - apesar de não compreender como exatamente esta cria poderá se desenvolver na natureza.