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Tempestades de Areia

De Mystical Tales

Edição feita às 19h56min de 12 de junho de 2009 por Duffbeer (disc | contribs)

O homem entrou apressado, bateu à areia da roupa e das botas, tirou o chapéu com cuidado e o pendurou. Olhou o interior da taverna com certa tristeza, havia poucas pessoas ali. Aquele era um rosto conhecido para os habitantes de Kalesh, não era para menos, um dos homens mais importantes e requisitados da cidade, Lindomar, o banqueiro.

- Saudações meus bons amigos – Lindomar sentou-se no balcão e pediu um caneco para o taverneiro. Logo seu pedido foi atendido, alguns privilégios de sua profissão – Malditas tempestades, parecem piorar cada vez mais e tem acontecido com maior freqüência.

Lindomar deu um longo gole no vinho, deixando um pouco do mesmo escorrer pela barba.

- Argh, maldição – O banqueiro esfrega a barba com a manga na camisa, limpando o vinho derramado – Estando bem de frente para a praça eu não perco evento algum, ontem mesmo, mais uma dessas tempestades de areia, e se me permitem dizer, essa foi violenta, tranquei as portas do banco, mas não teve jeito.

Com um sorriso no rosto, Lindomar sacudiu o cabelo, deixando mais areia cair no chão da taverna.

- Continuo cuspindo areia – Mais um longo gole no vinho. – Mas poderia ter sido pior. Aqueles demônios que vêem junto com a tempestade. – Se arrepia todo – Argh. Criaturas nefastas. Ainda bem que havia alguns rostos conhecidos a disposição ontem.

Lindomar ergueu o caneco de vinho, prontamente o taverneiro encheu o caneco do banqueiro, que se colocou a falar novamente.

- Lohan estava lá, mas este servo de Alkron parece não ter juízo algum. Não importa o que aconteça, ele brande sua espada, e se atira contra os inimigos. – O banqueiro bebe um pouco mais de vinho. – Seja como for ele fez um bom trabalho contra aqueles Demônios da Areia, mas claro que ele não estava sozinho, se estivesse teria sucumbido, tenho certeza, a cidade ficou infestada de criaturas.

O homem acomodou-se na cadeira, segurou firme o caneco de bebeu um pouco do vinho.

- Erestor, Ragnard, mais dois rapazes cujos nomes não me lembro, até Stan ajudou. Ferreiro doido. Enfim, lá estavam eles contra dezenas de Demônios da Areia. Erestor, bom, não sei se só eu o acho um pouco estranho, quase tocou fogo na cidade com aqueles Elementais dele, mas tenho que admitir que sem eles a história poderia ter sido diferente. – Lindomar virou o resto de vinho que havia no caneco. – Ragnard está velho, mas tem coragem.

O banqueiro se espreguiçou.

- Mesmo com este grupo grande e de guerreiros experientes, os Demônios deram trabalho. – Lindomar se levantou, apanhou o chapéu que estava pendurado na entrada. Olhou para os demais. – Nos basta esperar para ver o que vem depois. – Lindomar cumprimenta a todos com a cabeça. – Se precisarem, sabem onde me encontrar.

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