Mudanças entre as edições de "A Extirpadora de Cadáveres"

Edição atual tal como às 20h54min de 10 de julho de 2011

Muitos já a julgaram como uma deusa, outros como lenda e alguns como mito. Há também aqueles que simplesmente não crêem em uma só palavra quando o assunto é a extirpadora, por isso gastei dois anos de minha vida com pesquisas e agora irei apresentar a vocês minhas conclusões. Comecei minhas pesquisas com o seguinte fardo: Se a extirpadora realmente existir, e se for tão poderosa como sugerem, deveria haver relatos dela desde tempos antigos. Não demorei mais que alguns meses, então, para finalmente encontrar algo que me deixou ansioso. Mas em fim... Vocês querem lendas e não estudos e por isso irei contá-la agora.

[editar] Como os antigos de Folkjaelri viam a Extirpadora

"Os blocos de gelo que recobrem o mar se romperam como uma fina folha de papel, a agua se elevou a altura de uma montanha, mais uma vez a Jörmungand veio nos lembrar que os mares já possuem um dono e que nossos barcos não devem se afastar da costa. Perdemos mais de duzentos homens hoje, todos dragados pelas mandíbulas da deusa."

Nas inóspitas terras geladas de Kaldrind, descobri fatos inesperados, estes homens robustos e brutos deixaram poucos relatos escritos, mas os que encontrei me revelaram que os mais antigos de seu reino chamavam a extirpadora de de Jörmungand. Segundo sugerido estes homens acreditavam que a grande serpente era uma deusa dos oceanos e faziam, inclusive, oferendas para esta, como podemos ver nesse fragmento:

“...então Hullar levou 5 carroças de carne e jogou ao mar, fazendo uma longa oração para Jörmungand lhe proteger. Sabia que sua viajem pelos mares seria longa e sem a ajuda da deusa nunca chegaria a seu destino...".

E aqui, um fragmento que me deu noção mais ampla de suas lendas:

" ...arrancando uma parte de seu chifre, Muhalhin criou uma enorme serpente, e a lançou nas mais profundas e gélidas águas do oceano. Jörmungand, então era apenas um filhote, um filhote sem pais e, sozinha, cresceu na escuridão e no desespero, pois quanto mais se alimentava mais seu corpo crescia e mais fome sentia. E esta sensação eterna de fome tornou-a cruel, realizando o que Muhalin desejava, a serpente passou a atacar todos os homens que no oceano navegavam levianamente, e essa carne lhe agradava. Mas a Jörmungand finalmente amadureceu, se tornou forte e poderosa, não poderia existir ser mortal mais poderoso e mesmo assim ainda não havia atingido um limite de poder e por isso cresceu mais e, já nessa época, seu tamanho era o suficiente para que, se esticando, a serpente desse a volta em nosso mundo e conseguisse morder a própria calda. Foi então que ..."

Não coloquei todo o texto pois não queria me estender alem do necessário, mas Muhalhin é o nome que os antigos bárbaros deram para Molag'Bal. Alem disso, o texto também trazia alguma informações controversas de como Extirpadora havia ascendido a uma deusa dos oceanos, e instigava a todos aqueles que ousassem entrar no mar com seus navios a usarem o símbolo da deusa para que não servissem de alimento a eterna fome...Segundo eles a função da deusa era impedir que os homens dominassem o mar, pois nasceram para habitar a terra e este era seu reinado.

[editar] O relato dos Elfos

A visão dos bárbaros podia ser interessante, mais era de longe dúbia, com informações controversas e partes de texto vagas. Eu, com apenas aquele material não poderia prosseguir com os estudos e assim optei por procurar outras fontes, e foi um antigo elfo residente em Drinshan que me deu em mãos alguns manuscritos valiosos e nestes me surpreendeu a familiaridade dos elfos com a Extirpadora. O primeiro fato que entranhei fora a incrível precisão na descrição da serpente:

" ...e naquele momento o mar parecia pequeno, pois Cormai se erguia das águas e pensei que ela tocaria o sol. As ondas quebravam e jogavam os nossos barcos um conta o outro devido aos lentos movimentos realizados pelo gigantesco ser, que apenas nos olhava de cima com seus olhos azuis, maiores do que um pequeno barco e mais brilhantes que um incêndio. Nessa hora percebi que já estaríamos mortos caso, ao invés de se mostrar, Cormai tivesse simplesmente nos atacado, e meu instinto foi de largar o arco enquanto outros disparavam uma chuva de flechas, que pareciam pequenos pontos ao acertarem a rígida camada de escamas em forma de placas. O cheiro no local era horrível, nunca em toda minha vida tinha sentido algo tao ruim... Era como se houvessem ali milhares de corpos podres e quando abaixei para vomitar, um grunhido fez com que meus ossos tremessem e roubou-me de forma permanente minha audição, senti o barco se desfazendo enquanto eu era projetado para longe, e daí em diante não vi mais e sabe-se lá porque..."

Esse é apenas um dos relatos e outros a descrevem da mesma maneira, o que confirma a enorme semelhança de Cormai com Jörmungand, e assim com a Extirpadora. Além disso, este ser aparece em muitas historias élficas, inclusive em uma das passagens o autor levanta a hipótese de Thurisil e Allirë (me parecem elfos importantes) terem sido mortos por Cormai. Outro fato que me chocou, foi a origem estar novamente atribuída a Molag'Bal, sugerindo que está fora sua primeira criação. E, segundo a lenda élfica, a intenção do deus ao criar a serpente era que está pudesse morder e destruir as raízes da Árvore da Vida, a qual muitos acreditam ser uma arvore gigantesca que sustenta os planos e impede a passagem livre por entre eles.

[editar] A atual lenda da Extirpadora

Atualmente, muitos comerciantes, pescadores, piratas, sacerdotes e bardos dizem já ter visto a Extirpadora em algum momento de suas vidas. Claro que a maioria desses relatos são falsos, e por isso tal lenda passou a ser considerada por muitos como falsa e farjuta. Porém, alguns poucos relatos me interessaram e a maioria deles estranhamente encontrei em igrejas e templos destinados a Ferid, aonde pude ver o aprofundamento das lendas e folclore local.

Segundo os relatos que encontrei, muitos sacerdotes e estudiosos do misterioso deus da morte acreditam que a Extirpadora fora criada por ninguém menos do que o próprio Ferid, com a intenção de que ela o ajudasse com o trabalho de arrebanhar almas, sendo responsável pela captura das vidas perdidas nos oceanos. Anos se passaram, e a serpente se tornava poderosa de mais a ponto de ser finalmente ludibriada por Molag'Bal e Min'Gorad e se voltar contra seu criador. E, ao invés de arrebanhar as almas perdidas, passou a aprisioná-las e usá-las como fonte de poder (fato que muitos temem, pois sem dúvida não deve ser agradável ficar aprisionado na serpente). Desiludido com sua criação, Ferid entrou em confronto com a Extirpadora, que por não ser uma deusa podia ser combatida diretamente. Após o combate épico, que é descrito no livro "O dia em que os mares se abriram", a gigantesca serpente fora derrotada e banida por Ferid para o inferno. Muitos anos se passaram, segundo as lendas (o que se mostrou extremamente interessante, pois ainda não achei nenhum relato convincente de algum ataque da Extirpadora durante o tempo em que, teoricamente, ela teria ficado aprisionada no inferno), e nesse tempo os deuses haviam abandonado nosso plano, aonde não mais podiam interferir diretamente (fato o qual já escrevi vários livros discordando.). Aproveitando-se disso, a serpente conseguiu fugir de sua prisão com a ajuda de Molag'Bal e finalmente abriu um caminho que ligava nosso plano ao inferno e o abismo.

Outro livro que encontrei continha dicas para navegantes evitarem o gigantesco ser. Mesmo sendo estas dicas em sua maior parte místicas e tolas, uma delas me chamou atenção para um fato o qual havia passado desapercebido: " Nunca entre no mar em dias onde a névoa amanhece cerrada sobre os oceanos...". Segundo os relatos a pele da Extirpadora fica extremamente quente quando ela está em sua morada no inferno e, ao passar para nosso plano e entrar no mar, faz com que as nevoas surjam. Seja lá essa explicação correta ou não, a maioria dos relatos antigos continham em suas descrições uma pesada nevoa sobre os mares.

[editar] Minhas Conclusões

Com estes estudos concluo apenas que preciso de mais estudos e viagens. Seguirei o rastro dos livros nas igrejas de Ferid e pesquisarei nos mais antigos cultos de Molag'Bal e Min'Gorad e finalmente, se a Extirpadora pode viajar entre o inferno e Hellfar, por que não poderia ter ido para Volund? Logo irei pesquisar, e já tenho um ponto de partida, pois alguns que vieram de lá afirmam sobre um "Senhor do Mar" apelidado de "Marisco".

Há muito a ser explicado e desmentido, pois neste pequeno estudo que fiz coloquei apenas as idéias mais lógicas, embora existam muitas idéias controversas, e sem dúvida muitas falsas, por trás disso. Deixo, então, apenas uma dica: Se um dia fores atacado pela temida Extirpadora, salte no mar e nade para longe dos outros. Foi assim que muitos escritores indicam ter escapado da morte nas mandibulas do ser... No mais, se conseguir alguma informação útil às minhas pesquisas, por favor me procure em minha residência em Drinshan, ou deixe um recado caso eu esteja em viajem.

*assina*

Ralla Yhuges, Bardo e estudioso

"Alguns nascem para lutar, outros para rezar, muitos para trabalhar e alguns poucos para pensar."