Navios Num Reino de Cinzas
De Mystical Tales
Edward entrou no estoque da Guilda, o senhor Dragun estava acompanhado, imediatamente o soldado desembainhou sua espada, fechou a porta atrás de si e apontou a espada para o desconhecido, colocando-se entre ele e Dragun.
- Quem sois vós? – Disse o soldado, apontando a espada para o homem, que lentamente afastou-se e levantou os braços, sem entender o que estava acontecendo.
- Acalma-te soldados. Este é Mitz, carpinteiro, recém contratado da Guilda de Comércio, agora se puder, abaixa tua arma e me explica o que esta acontecendo. – Dragun tocou o ombro do soldado e caminho para perto de Mitz.
- Estamos sob ataque Senhor Dragun, você precisa vir comigo imediatamente. Estão nos esperando na Ordem Telúrica. – Edward se aproximou, ainda com a espada em punho. – Não temos muito tempo.
- Engraçado. – Disse J. Dragun. – Não ouvi o soar da corneta, alertando sobre o ataque.
- Eu muito menos. – Completou o carpinteiro.
- Assassinos Al’Kadin senhor. – Respondeu o soldado. – São sorrateiros, treinados para não chamar atenção, fomos pegos de surpresa, durante o torneio na Arena de Kalesh. – Venha comigo senhor Dragun, imediatamente. Você. – Apontou para Mitz. – Avise aos civis para que fiquem atentos e não saiam de suas casas.
Prontamente Mitz afirmou e seguiu para cumprir a tarefa que lhe foi dada. Rapidamente Edward e Dragun atravessaram o bairro élfico. O soldado a frente empunhando sua arma, atento aos arredores, já Dragun parecia não se importar muito. Logo os dois estavam diante dos portões da Ordem dos Magos, não havia ninguém ali.
- E então soldado? – Perguntou J. Dragun, um tanto impaciente.
- Vamos o centro de Kalesh, certamente estão reunidos lá para proteger os membros do conselho. – Respondeu Edward.
Dragun apenas afirmou com a cabeça e fez um gesto para que o soldado seguisse. Encontraram-se com outros soldados da guarda, Alothios e o anão Dalgar. Stan, ferreiro e membro Guilda de Comércio, Erestor, membro da alta cúpula da Ordem Telúrica, entre outros, estavam no centro de Kalesh, aguardando o desenrolar dos eventos.
Entre as promessas de retaliação, xingamentos e piadas, direcionadas aos Al’Kadin]. J. Dragun escorou sobre a mesa, diante da tenda dos armeiros, acenou para Turin e Balin, respirou fundo e se pôs a observar os demais.
- Afastem-se todos, ou ele morre. – O silêncio se fez presente no centro de Kalesh. Dragun estava sobre a mesa, nos braços de um dos assassinos Al’Kadin. A lâmina pressionada contra seu pescoço.
- Não seja estúpido e solte o homem. – Disse calmamente o elfo, Erestor. Dragun engoliu seco, esperando pelo golpe final do Al’Kadin, quando uma voz grave lhe chamou a atenção.
- Se você o matar será o próximo Al’Kadin. – Dalgar, o anão esbravejou. Empunhando sua espada.
- Entreguem o ferreiro. – Apontou para Stan. – Entreguem-no e eu libertarei este aqui. – O Assassino Al’Kadin encarou os soldados.
- Largue-o e venha me pegar você mesmo – Disse Stan aos gritos.
Dragun engoliu seco novamente, o assassino pressionou ainda mais a lâmina contra a pele de seu refém, um fino fio de sangue escorreu pelo pescoço do comerciante, que aquela altura já imaginava qual seria a repercussão de sua morte para o mercado de Kalesh. “Receberei honras do Reinado?” – Pensava consigo mesmo.
Explosões interromperam os pensamentos do comerciante.
- Graças ao deus Sol. – O assassino largou Dragun e aos risos saltou entre os soldados. Não durou muito tempo, logo seu corpo jazia estirado no chão, inerte, como os corpos dos demais assassinos.
Uma nova explosão chamou a atenção de todos. O som vinha do cais.
- A Guilda. – Gritou Dragun. Stan concordou. E ambos acompanharam os soldados que já estavam se dirigindo para o local das explosões.
Encontraram o Cais em chamas, parte do prédio da Guilda estava em chamas também, grande rachaduras apresentavam a investida dos canhões contra a estrutura.
- Tomem cuidado. – Gritou Lucas, o comandante da guarda de Kalesh. Uma nova explosão. Um zunido cortou o ar e a bola de canhão atingiu uma das tendas, postas ali para o festival de Eilyel. Por poucos metros o tiro não atinge algumas das pessoas que estavam no cais. Os navios Al’Kadin se distanciavam, sumindo no horizonte. Deixando para trás uma mostra de seu poder de fogo.
- Onde diabos eles conseguiram aqueles canhões? – Perguntou um dos soldados.
- Tatius. – Disse Lucas. – De alguma maneira conseguiram recuperar os canhões, dos navios naufragados de Tatius. Eu conheço aquele canhão, era o Testículo de Átila.
Alguns se entre olharam e deram de ombros.
- Edward. – Chamou Lucas. – Havia uma cidade, um pequeno vilarejo de piratas, ao lado de Lúmen.
- Eu me lembro desta cidade. – Disse Dragun. Edward olhou para o comerciante.
- Quero que você, Dalgar e Alothios cheguem a está cidade, o mais rápido possível. Haviam dois barcos atracados lá, espero que ainda estejam lá. – Disse Lucas. – Tome cuidado são terras dominadas por Askell.
- Sim senhor. Partiremos imediatamente. – Edward olhou para os soldados. – Dalgar, Alothios, senhor Dragun, venham comigo.
- Eu? – Assustou-se Dragun.
- Sim senhor. Precisaremos que nos guie até a cidade. Você disse saber onde fica está tal vila. – O soldado fez um gesto para que Dragun o acompanhasse. – Sua integridade física será mantida, eu prometo. Estará sob a guarda de três soldados de Kalesh.
- Muito bem. – O comerciante ajeitou o chapéu. – Então vamos. Mas temos que ser rápidos, você não vai querer andar sobre aquelas terras quando escurecer.
- Não irá escurecer tão cedo senhor Dragun – Disse Edward olhando para o céu. – O sol acaba de nascer.
- Mas está será uma longa jornada meu caro. – Disse Dragun.
Os soldados se prepararam. Examinaram armas e armaduras, bandagens, poções e mantimentos.
- Todos prontos? – Perguntou Edward, o responsável pela expedição. Todos afirmaram em silêncio. – Estão vamos. Senhor Dragun ao meu lado, mostre-nos o caminho. Alothios, você cobre a retaguarda, Dalgar ao lado de Dragun. Fiquem de olhos abertos.
- Sim senhor. – Responderam os soldados em uníssono. O comerciante de colocou entre os soldados.
- Jamil, abra os portões. – Ordenou Edward.
- Como quiser senhor, façam uma boa jornada. – O porteiro puxou as alavancas, soltando o contra peso do portão, lentamente os portões e madeira e ferro se ergueram.
- Até mais ver Jamil. – Dragun deu um tapinha nas costas do porteiro.
- Que os deuses os guiem. – Jamil acenou para o grupo e fechou os portões assim que eles saíram.
A vastidão desértica de Jathiir se estendia muito além da visão dos homens, o calor era, quase, insuportável mesmo àquela hora da manhã, ao meio-dia a temperatura estaria ainda mais alta por isso cada um dos soldados levava consigo dois cantis de água, assim como Dragun. Esperavam não ter de parar o Oasis, terra dos Al’Kadins.
- Qual o caminho mais rápido para a tal vila senhor Dragun. – Perguntou o líder dos soldados.
- Não há um caminho rápido senhores. O deserto é nosso destino, poderíamos ir pela beira do rio, mas as criaturas buscam se refrescar lá. Creio que teremos mais problemas se seguirmos o rio. – Disse J. Dragun.
- Seguiremos em linha reta, até sairmos do deserto, depois disso, você mostra o caminho. – Edward apontou para Dragun. – Agora vamos.
Horas de caminhada e uma quantidade considerável de encontros desagradáveis com, elementais do ar, escorpiões gigantes, bandidos do deserto e alguns guerreiros ofidianos, os quatro deixaram a desolação do deserto.
Os três soldados se apoiaram nas árvores, tomados pelo veneno dos escorpiões, buscavam o fraco de antídoto em suas mochilas, mas até o momento haviam cumprido sua promessa, nenhuma criatura tocou em Dragun.
- Por onde seguimos agora senhor Dragun – Disse Edward. Dalgar e Alothios se recompunham enquanto o comerciante dava uma boa olhava em volta.
- Teremos de atravessar a cordilheira. Existem algumas passagens, mas todas elas guardadas. – Apontando para o norte – Uma delas não fica longe daqui. Podemos tentar atravessar por ela.
- Então vamos. Dalgar, Alothios, vamos. – Os soldados afirmaram, beberam um longo gole d’água e se colocaram a seguir seu comandante.
O grupo seguiu as montanhas até uma pequena, mas bem guardada passagem. Soldados Al’Kadin estavam por toda a parte, ambos os grupos pegos de surpresa, num instante os três soldados se puseram em linha, diante de Dragun, com seus escudos e espadas empunhados.
- Firmes homens, não deixem que cheguem ao senhor Dragun. Parede de Escudos. – Gritou Edward.
- Venham seus nojentos. – Esbravejou o anão.
A fúria dos guerreiros Al’Kadin já é conhecida do povo de Kalesh, os soldados não se deixarem estremecer pela ferocidade dos inimigos que se atiravam contra seus escudos. Um a um os guardas da passagem caíram diante de Edward, Alothios e Dalgar. O combate foi difícil, o sangue dos soldados de Kalesh se misturou ao dos Al’Kadin. Os três guerreiros ainda estavam em pé, Dalgar, gravemente ferido.
- Estou impressionado Edward. – Disse Dragun.
- Eu prometi que o senhor estaria seguro, agora vamos atravessar. – Antes que eles pudessem passar uma flecha cortou o ar e por pouco não atingiu o comerciante.
Do outro lado dos portões soldados de Askell empunhavam suas armas, arqueiros armavam suas flechas, esperando para dar cabo do grupo.
- Talvez seja melhor procurar outra passagem senhor. – Disse Alothios. – Não podemos passar aqui, não agora. Edward concordou.
- Qual a próxima passagem Dragun? – Perguntou o guarda.
- Fica mais a frente, certa vês foi conhecida como Durian, havia um pequeno forte comandado por Lucas. – Dragun se pôs a caminhar. – Mas não sei qual a situação do lugar agora. Acho que um novo forte foi construído.
- Vamos seguir. Alothios ajude Dalgar. – Edward caminhava ao lado de Dragun.
Seguiram para o norte em direção a outra passagem. Diabretes atacaram o grupo, vindos da floresta, mas não chegaram a ser um incomodo, logo estavam mortos e o grupo pode continuar sua caminhada.
- O tempo está contra nós. – Dragun olhou para o céu. – Logo o sol irá se esconder.
Então os quatro se depararam com a grande fortaleza, repleta de Al’Kadin, soldados patrulhavam os arredores, arqueiros caminhavam pelas muralhas.
- Eles são muitos. – Disse Dalgar levando a mão até um ferimento em seu abdômen. – Talvez seja melhor voltarmos senhor.
- Irá anoitecer. Mesmo se conseguirmos passar pelo forte, entraremos no inferno. – Disse Alothios. – Terras de Askell.
- O rapaz tem razão Edward. – Dragun se abaixou entre as árvores. – Ao cair da noite as terras de Askell ficam repletas de demônios. Durante o dia é mais seguro.
- Alothios! – Exclamou Edward.
- Senhor. – Disse o soldado, apoiando o anão ferido.
- Leve Dalgar de volta para Kalesh. Durante a noite o deserto deve estar mais tranquilo, leve meu cantil contigo. – Edward entregou o cantil para o soldado. – Eu e Dragun vamos continuar.
- Vamos? – Assustou-se Dragun.
- Senhor... Eu não creio que seja uma boa idéia. – Disse Alothios.
- Não seja estúpido Edward. – Esbravejou o anão, Dalgar.
- Vocês têm suas ordens, voltem para Kalesh. Precisamos daqueles barcos, eu e Dragun podemos tentar passar despercebidos e esperar amanhecer num lugar seguro, não se preocupem. – Disse Edward.
- Como queira senhor. – Alothios deixou seu comandante e Dragun para trás, tomando o caminho de volta para Kalesh.
Caminhando pelas sombras Edward e Dragun conseguiram evitar parte da patrulha Al’Kadin. Chegaram aos portões, beirando as muralhas, longe da visão dos arqueiros.
- Trancado. – Resmungou Edward.
- Deixe-me dar um jeito nisso. Sou um fabricante de trancas, não há fechadura que resista a mim. – Disse aos risos. Dragun sacou de suas ferramentas, fuçou na fechadura tomando cuidado para não fazer barulho, logo os portões estavam destrancados, mas ao abrir os mesmo rangeram alto.
- Corra Edward. – Gritou Dragun.
Antes de correr, o soldados derrubou dois Al’Kadin, as flechas zuniam perto de seus ouvidos. A passagem estava aberta, e o caminho livre, os dois invasores correram para fora a fortaleza, os soldados Al’Kadin não os perseguiram além dos limites da fortaleza, apenas observaram os dois invasores sumirem na escuridão.
- Estamos em terra de Askell? – Perguntou Edward.
- Ainda não, estas são terras livres, se for descansar, este é o melhor lugar. – Respondeu Dragun.
O soldado afirmou. Ambos pararam de correr e sentaram-se sob as árvores.
- Tente descansar um pouco senhor Dragun, ficarei de guarda. – A noite passou tranquila, Edward pegou no sono algumas horas depois de Dragun. Os raios de sol acordaram os dois exploradores.
- Levante-se Dragun, temos que continuar e preciso que me mostre o caminho. Antes, dê-me suas roupas. – Edward tirou a capa e jogou para Dragun. – Você será o soldado e eu o comerciante, caso nos encontremos com os lacaios de Askell, ou o próprio.
Dragun entregou suas roupas para Edward e vestiu a capa da guarda e o manto de Edward, empunhou o escudo, desajeitado. - Pegue isso. – O soldado entregou uma espada para Dragun, é melhor que seja convincente.
- Certamente que sim. – Dragun segurou a espada sem muito jeito. – Bem, duvido que alguém acredite que sou um guerreiro.
- É melhor que acreditem. Agora vamos, qual o caminho? – Edward estava vestido como Dragun. O comerciante esboçou um riso, mas segurou para não constranger o soldado.
- Vamos seguir a estrada, chegaremos a Lúmen antes do meio-dia, se não me engano Savras dominou Lúmen, chegaremos na melhor hora do dia, provavelmente encontraremos a cidade deserta.
A estrada para Lúmen estava vazia, como Dragun disse, eles estavam na entrada da cidade antes do meio-dia. Os portões estavam abertos a cidade suja, mal cuidada.
- Este lugar devia ser lindo. – Disse Edward.
- Sim era, mas agora sobre o domínio de Savras. – Dragun deu uma olhada em volta. – Temos sorte de estar aqui durante o dia, à noite esta cidade deve ficar repleta de criaturas da noite.
Olhos seguiam os dois viajantes, criaturas espreitando na escuridão das construções.
- Mantenha-se nas ruas Dragun. – Edward encarava os olhos luminosos na escuridão, sua espada em mãos, preparado para um eventual ataque. Dragun caminhava a passos largos, desejando sair logo daquela cidade amaldiçoada.
Depois daqueles portões não estaremos longe da cidade. – Disse Dragun, correndo em direção a enorme construção de pedra, que um dia foi a entrada de Lúmen. – E pensar que isso tudo já foi a jóia do império anão, muito antes de chegarmos a Hellfar.
- Continue senhor Dragun. – Edward se colocou a frente do comerciante, ambos atravessaram os portões em ruínas. – O que diabos aconteceu com este lugar?
- Dizem que Askell e Savras guerrearam por território. – Dragun olhou em volta. – Vamos seguir por este desfiladeiro, logo estaremos na cidade.
Paisagens queimadas tomaram conta da visão do soldado e do comerciante, animais magros e moribundos vagavam por uma vastidão de cinzas. Árvores retorcidas serviam de poleiro para os corvos e abutres.
- Me lembro do dia em que o vulcão explodiu. – Dragun cobriu o rosto com a ponta da capa. Tossiu. – Não pensei que voltaria a pisar neste solo. – Dragun apontou para o norte. – Lá está a cidade que Lucas falou, se ele estiver certo, alguns demônios de Askell nos esperam.
- Que assim seja. Fique atrás de mim. – Edward segurando sua espada caminhou lentamente em direção a cidade, de longe puderam ver os demônios caminhando pelas construções arruinadas. – Muito cuidado agor....
Antes que pudesse terminar a frase, uma explosão jogou os dois para longe, quando Edward levantou a cabeça os demônios corriam em sua direção, urrando e salivando.
- Dragun proteja-se. – Edward se levantou rápido, mas foi pego por uma das criaturas, que o sacudiu e jogou-o contra um muro em ruínas.
J. Dragun escondeu-se entre os escombros e ficou a observar o desenrolar da batalha.
O soldado golpeou o demônio com força, arrancando-lhe a cabeça, logo outros dois estavam sobre ele, Edward aparou seus golpes com seu escudo, cravou sua espada no peito de um deles, quando ergue sua espada novamente uma explosão o lançou para longe.
Edward largou seu escudo e saltou sobre uma mureta, seus ferimentos eram graves, mas ele escondia um trunfo em seus pertences. Apanhou um pequeno frasco de sua mochila e bebeu o conteúdo, rapidamente os ferimentos cicatrizaram, dando a Edward a oportunidade para destruir os demônios que o perseguiam.
- Dragun? – Gritou o soldado. Ele abaixou-se para pegar seu escudo, enquanto observava os demônios caídos.
- Aqui Edward, eu estou bem. – O comerciante saiu de seu esconderijo. – O cais é por aqui.
Dragun e Edward já podiam ver os dois navios, se aproximaram do cais rapidamente. Um pouco desatentos. Dois horrores das chamas saíram do que restará da casa do porto, seus pelos vermelhos como sangue, os caninos afiados, gotejando fogo. - Atrás de mim. – Gritou Edward, erguendo seu escudo para proteger Dragun e a si mesmo.
Os cães infernais abriram a bocarra e esferas de fogo atingiram o escudo, empurrando Edward para trás e derrubando Dragun. O soldado de Kalesh baixou o escudo e correu na direção dos cães, ele sabia que tinha ouço tempo antes do próximo ataque.
Com um gesto de extrema maestria Edward cravou sua espada no crânio de uma das aberrações, virando-se a tempo para se proteger o ataque ígneo do segundo cão. Após a explosão da bola de fogo contra o escudo, o soldado se levantou, antes que o animal pudesse correr, Edward o golpeou, jogando-o ao chão.
- MORRA – Gritou Edward ao enterrar a espada no peito do horror das chamas. Dragun levantou-se e se aproximou do guarda de Kalesh.
- Vamos Edward, este seu grito pode ter chamado a atenção de mais demônios. Vamos sair logo daqui. – Dragun ajudou o guerreiro a se levantar, ambos entraram nos navios, libertaram os marujos presos no compartimento de carga e deixaram a cidade para trás, ganhando os mares.
Foi uma longa jornada, mas quando já acreditavam estar perdidos, Edward avistou as areias do deserto de Jathiir. O cais ainda danificado de Kalesh lhes pareceu à visão do paraíso.
- Bom trabalho Edward, você manteve sua promessa. Ainda estou inteiro. – Dragun cumprimentou o soldado.
- Foi uma honra protegê-lo senhor Dragun. – Edward apertou a mão de Dragun. Ambos sorriram e seguiram seus caminhos.