Giovanni Caboto
De Mystical Tales
Personagem | |
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Características | |
Nome: | Giovanni Caboto |
Idade: | 27 |
Altura: | 1,74 |
Peso: | 69kg |
Cabelos: | costumeiramente longo, castanho e preso com uma bandana |
Olhos: | castanho-claros |
Cena 1 - Origem
"Me pergunto se um sujeito como o Giovanni seria tão feliz da vida e bem-humorado, se soubesse a verdadeira vida que poderia ter levado" indagava Skin à Carmen, enquanto os dois bebericavam um vinho e jogavam uma partida de xadrez que já durava mais de uma hora no escritório de Skin.
O escritório era amplo, com grandes janelas atrás da mesa, guardadas por cortinas marrons. As paredes tinham um acabamento fino em madeira, assim como os móveis e o piso de madeira escovada era escondido por um grande tapete felpudo. As próprias peças de xadrez pareciam mais belas que o comum.
E ali estavam as duas únicas pessoas que sabiam a origem do ainda jovem Giovanni, Skin, um homem alto, vestido em trajes de seda, sentado de pernas cruzadas, uma mão no cálice e a outra apoiando a cabeça calva. Junto dele estava Carmen, uma senhora, claramente mais velha que Skin, com cabelos ruivos e brilhosos, igualmente ornada e bem vestida, porém com postura ereta e ocasionalmente levando o dedo à boca enquanto jogam.
Apesar do tempo, a memória ainda era fresca na cabeça de Skin. 16 anos já haviam se passado, e a imagem da mãe, desesperada para livrar-se do bebê, era nítida. Ele já havia visto isso outra vezes, muitas outras vezes na verdade. Mas eram mães miseráveis, desejando um futuro melhor à criança, mesmo que longe de si.
Na ocasião, Skin não ousou perguntar sobre o pai. Simplesmente pegou a criança e desapareceu, preferindo descobrir por si mesmo. "A vizinhança falará o que quero ouvir melhor do que ela" pensava consigo mesmo. E quando conversou com as pessoas certas em Bel-Luna, soube que levava consigo um bastardo de valor.
Cena 2 - Infância
[[ Carmen]] estava sozinha no grande salão da cabana, com paredes da madeira e grandes tapetes pelo chão, estudando e testando algumas de suas poções, quando o barulho a interrompeu. Olhou em direção à escada em caracol que dava no mesanino, e viu Simon, um homem alto de cabelos negros e olhos puxados, trazendo de mãos dadas uma menina, pequena, com cabelos ruivos como os de Carmen, e olhos azuis que há pouco haviam derramado algumas lágrimas. Olhou depois em direção à ampulheta que havia apoiado em cima da mesa e então perguntou "O que faz acordada a essa hora Cátia? Já passam das 3!".
A criança queixou-se de pesadelos, e Simon escutava achando graça enquanto Carmen demonstrava preocupação e consolava-a, quando outro som a interrompeu. Num estalo a fechadura da porta dianteira se abriu, para logo após revelar Skin, que anunciava com um bebê em colo e sorriso no rosto "A raspa do tacho!".
E na mesma cabana com paredes de tábuas de madeira escura que Skin estava, o bebê cresceu. No início, quando bebê, foi cuidado de perto por Carmen, somente o necessário para que se juntasse aos outros. E então dormia junto com outras tres crianças, Freor, Thiannyel e Acey, num quarto apertado e sempre bagunçado do terceiro andar, que chamavam de "O Ninho". Dentro dele, duas beliches se espremiam para deixar um pequeno corredor no meio, de difícil acesso à um adulto porém uma pista de corrida às crianças.
Aos sábados, e todas as vezes que chegava bêbado, Skin contava histórias, de divindades, civilizações, artefatos e até mesmo sobre homens importantes de terras distantes. Às sextas, era a vez de Simon levar os rapazes para caçar cervos, veados ou até mesmo alces. Carmen mantinha-se na cabana e na horta adjacente, pois possuia sempre muito estudo, e era sempre acompanhada de perto por Cátia, sua aprendiz agora com 11 anos.
Por vezes, desapareciam, e deixavam a cabana aos cuidados das crianças que geralmente eram eficientes nos tratos domésticos. Mas vez ou outra metiam-se em problemas com orcs na estrada, andarilhos ou vendedores, alvos frequentes das brincadeiras que faziam. Quando os adultos finalmente retornavam, todos se regozijavam, principalmente pelos presentes que chegavam para cada um deles. E entre contos, brincadeiras, travessuras e amigos, Gio viveu sua infância na cabana. Ao fim, era aprendiz de Skin, e não mais podia brincar e rir o dia inteiro. Devia estudar e praticar e ler. E isso não o fazia infeliz, apesar de não sorrir tão frequentemente. Ele estava rindo por dentro.