Eldasthar
De Mystical Tales
Artigo fora das regras de estilo
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Silatorm já foi o cenário de uma guerra sangrenta, repleta de histórias nefastas e cobertas de mistérios inimagináveis. Apenas os mais velhos sussurram, como se temessem acordar um mal ancestral, as histórias dos primeiros moradores destas terras.
Conta-se a história de um antigo Ferreiro, também um grande combatente, pediu aos deuses forças suficientes para enfrentar um Jovem Dragão que assolava as terras a oeste de Silatorm, mas não houve resposta alguma.
A criatura atacou novamente, acabando com o gado e a plantação. Diante daquela cena, o ferreiro de nome Eldasthar, sussurrou sua prece mais uma vez, afogando-se em suas lágrimas de ódio. Naquela noite ele teve uma visão, pela janela de sua oficina o ferreiro pode ver um clarão avermelhado clareando a noite.
"Será a maldita criatura?" – Pensou ele, segurando firme seu martelo, rangendo os dentes evocando uma fúria vista por poucos.
Tamanha foi sua surpresa quando saiu e não se deparou com um ataque, mas sim como um ato divino. A imensa bola flamejante cortou o céu. Eldasthar pode ver quando a esfera se fragmentou em dezenas de pedaços. Inerte o ferreiro assistiu as inúmeras bolas de fogo chocarem-se contra a terra, milhas de distância dali, transformando a noite em dia por alguns segundos.
Aquilo havia de ser a resposta as suas preces. Os deuses lhe enviaram o instrumento para derrotar o dragão, Khalsadyr. Eldasthar muniu-se de seu equipamento e partiu imediatamente atrás da localização da esfera flamejante. Viajou durante dias, enfrentou perigos que jamais sonhou encontrar e caminhou por terras das quais jamais ouvira falar, mas finalmente encontrou o presente dos deuses.
A rocha escondia um metal esverdeado em seu interior, Eldasthar murmurou por alguns instantes, imaginou que encontraria algo diferente, talvez a fonte de um grande poder, mas nunca um pedaço de metal verde. Mesmo assim ele coletou uma boca quantidade do material, se aquilo não fosse o instrumento para derrotar o dragão, ao menos ele serviria para forjar uma nova armadura e espada.
De volta a sua oficina, Eldasthar começou a trabalhar no material, ele parecia leve demais para ser ferro, mas era difícil de ser moldado. Após muitos erros finalmente Eldasthar descobriu a maneira correta de trabalhar aquele metal verde. Depois de pronta sua espada era leve, mais leve que qualquer outra espada, mas era mais resistente e seu fio capaz de partir ao meio, com certa facilidade, a maioria dos outros metais com o qual trabalhou.
Sua armadura manteve a leveza e resistência da espada. Então Eldasthar seguiu para o covil de Khalsadyr. No caminho atravessou um pântano agourento, cujo próprio ar parecia venenoso, seu elmo, de alguma forma, parecia protegê-lo contra os efeitos aquele ar fétido, que já havia feito sucumbir inúmeros heróis.
Quanto encontrou a dragão o ferreiro ergueu sua espada, a criatura, sem pestanejar, derramou sobre ele seu sopro ígneo. Eldasthar imaginou que aquele seria seu fim, que péssima idéia foi entrar no covil do dragão, mas ele estava errado. A armadura estava intacta, ele mal havia sentido o calor do sopro do dragão.
Ficou claro naquele momento que os deuses haviam, realmente, atendido suas preces. Nenhum dos ataques do dragão fosse através do fogo, esporas venenosas, sua saliva congelante ou magias, conseguiu dar cabo no herói. Então Eldasthar atacou, sua espada cortou a pele rígida do dragão como nenhum outro material fazia. A batalha foi violenta e longa, mas no final Eldasthar estava em pé.
Retornou com a cabeça do dragão e foi aclamado como guardião de sua vila, morreu há muitos anos, mas sua história ainda é contada. E muitos são aqueles que buscam Eldasthar, o minério que recebeu o nome de um grande herói.