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Capítulo 5

De Mystical Tales

Capítulo 5 - Raças Nativas - Orcs


Os anos mais destruidores de suas vidas começarão agora.

Eram estas as palavras de meu pai quando proferiu a mais terrível ameaça contra aqueles vermes barbudos. Nossas terras haviam sido queimadas, nosso povo chicoteado e ferido pelo metal das forjas infernais deles, e por isso nos reunimos para derrotá-los de uma vez por todas.

Naquela época éramos um povo separado, dado a nossas desavenças, guerras internas que só ocasionavam em destruir-nos e, nos primeiro anos, nossa desorganização foi tamanha que os malditos vermes puderam destroçar casas e povo.

Mas os espíritos eram poderosos entre os nossos. Dos anos primordiais tínhamos sido forjados pelo fogo ancestral e nossa alma rangia as forças da natureza que eles insistiam em desrespeitar, o que, sempre soubemos, culminaria em sua derrota.

Vários líderes das várias tribos de nosso povo haviam se juntado a causa sobre o mesmo ideal, os Anões tinha avançado sobre nossas terras e instalado-se em várias regiões e foi ali que atacamos.

Ombro a ombro nossos exércitos marcharam, erguendo nossas espadas e oferecendo o sangue dos anões para acalmar a fÚria dos elementos, fomos guiados pela natureza, a chuva caiu do céu em respeito aos chamados de nossos xamãs, atacamos com fogo e o vento veio sorver a lâmina de chama por sobre as casas profanas dos vermes subterrâneos.

Eles deviam voltar para suas casas e as forças naturais nos auxiliavam, para que eles saíssem de nossa amada superfície e voltassem para os pÚtridos porões de pedra incrustados em montanhas.

Ao fim do dia, depois de sangrentas batalhas e de nossa ritualística em favor da natureza, descansávamos e nos preparávamos para um novo dia de guerra.

Mas a vitória, apesar de trazer alegria ao povo, traz também a arrogância, e mesmo entre nós ela é presente. Alguns dos líderes de tropas mais bem fortalecidos esqueceram-se de honrar os elementos e nós não podemos passar um dia sequer sem o fazer.

E foi no ímpeto de tantas vitórias e na falta de prestar respeito aos elementos que se iniciou a derrota.

Os líderes, decididamente convencidos de sua força, invadiram o território anão e atacaram as vilas e cidades. Mas em seu próprio terreno, os vermes lutavam melhor, suas fortalezas lhes protegiam como nunca e, como se não bastasse, estavam mais próximos e lutando com mais fervor.

Então, a vingança das Forças da Natureza veio em busca do respeito não dado.

A neve caiu do céu em uma tempestade que até hoje é conhecida entre os nossos como a FÚria Branca. Acampamentos militares foram soterrados e tropas dizimadas.

Lembro-me bem de grandes líderes que pereceram não honradamente nos campos de batalha, mas agonizando pela peste que se espalhou. A fÚria Branca era mais terrível e parecia interminável, por isso Skaitrak, o Último chefe de guerra das antigas tribos reuniu o que restara do povo orc e retornou para a sua vila, para recuperar.

O fim desta batalha foi o marco de chegada dos humanos a terra de dos anões, toda sua travessia, que nós só saberíamos anos depois, após eles chegarem ao redor de nossa região. Estavam perdidos, apoiados pelos vermes barbudos, e vinham com sua nova religião de seus deuses imundos. Muitos tentaram nos converter para suas crenças.

Aqueles que o fizeram foram oferecidos ao fogo e a terra e agora pertencem a verdadeira fé que deviam ter, a natureza. Mesmo após as pequenas lutas entre o nosso povo e o deles ainda nos mantemos com nossas crenças e eles com seus falsos ídolos. Não importa, são só humanos. Mas, apesar disso, tínhamos que ter cuidado, eles eram burros, mas eram muitos e, como, pelo que soubemos, haviam forjado uma aliança com os anões, não podíamos perder a cautela.

Hoje nosso líder, Skaitrak, está velho e prestes a morrer, e buscamos entre nosso povo aquele que irá reunir o povo e levar os orcs novamente a glória da vitória. Mas até lá não podíamos mais entrar em guerras, pois estávamos enfraquecidos. Foi então que se criou uma pequena trégua entre a raça anã e os pobres humanos. Mas até quando ela irá durar somente as forças da natureza irão dizer. E é este chamado que estaremos esperando...


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