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Capítulo 3

De Mystical Tales

Capítulo 3 - O Novo Mundo


Enquanto o tempo percorre seu curso, Quão efêmeros somos nós, humanos. Breve e melancólica ode à vida Que cantei para amigos que partiram Os astros percorrem o firmamento Até restarem só nomes e cinzas Não mais é recitada por crianças Tampouco pelas jovens sonhadoras Mas teimosa é a canção que em altos brados Rejeito olvidar, tal antiga loa E que dádiva, pois, é entoá-la agora! Sobreviver à contenda entre Deuses! Eis a canção que louva o fim Aqui na amaldiçoada terra de Volund.

Um grito vindo do mastro, Rudy subiu para conferir, nada novo, pois isso acontecia mais de uma vez por dia, mas então Rudy levantou um sinal a Heth que repassou esse sinal a Vann Dov, e então quando o sol já havia ido embora avistaram os primeiros vestígios de terra.

Paisagens geladas encheram os olhos dos humanos, tudo parecia coberto pela neve, despreparados para o clima hostil, os colonizadores sofreram caminhando na neve espessa, com o frio penetrando em seus ossos, provavelmente eles teriam morrido, todos, caso os nativos daquela terra gelada não os tivesse encontrado.

Os anões daquela terra eram exatamente como os que os humanos tiveram contato em seu continente. Baixos e robustos, com longas barbas e cabelo grosso, carrancudos e rabugentos, mas se mostraram prestativos com os refugiados de Luyaran.

Naquela noite, quando foram resgatados do frio pelos anões, houve festa. Os anfitriões fizeram questão de alimentar bem seus convidados, barris e mais barris de cerveja foram levados ao salão de Myrtoll a grande cidade gelada dos anões.

Durante os primeiros meses os humanos foram hospedes dos anões, mas está situação não poderia se prolongar mais, uma vez recuperados da árdua jornada pelo mar e a caminhada na neve, os novos habitantes daquele continente foram levados a uma grande cidade, Rhona, antiga cidade anã, longe das geleiras de Myrtoll, serviu como capital dos anões durante décadas até que suas minas secaram.

Rhona foi dada aos humanos, num gesto de boa vontade dos anões, os humanos a chamaram de LÚmen, mas a capital era uma cidade escassa em recursos naturais, suas minas já haviam sido exploradas pelos anões, restava apenas explorar a mudo a sua volta, diante do clima menos agressivo, parecido com o de seu mundo. Nestas incursões descobriram as tribos Orc, nãos os Orcs que estavam habituados, desorganizados e animalescos, estes eram organizados, com organizações hierárquicas e cultos as forças naturais.

Pouco depois de se instalarem na Capital, LÚmen, os humanos fundaram a vila de Caliste, próxima das terras geladas dos anões, com a Judá dos pequenos mestres do trabalho em metal, os humanos ergueram um belo vilarejo para o cultivo de alimentos e a criação de animais.

O que eles ainda não sabiam era que a leste de Caliste, os capitães dos navios que trouxeram os refugiados, erguiam sua própria cidade, e a batizaram de Tatius, um ponto perfeito para o comercio marítimo com os anões que viviam no gelo. Informados pelos próprios anões da existência de Caliste e de LÚmen, os senhores “piratas” resolveram conferir com seus próprios olhos as maravilhas de seu povo.

Anões estabeleceram comercio com os humanos, que precisavam de seus artefatos bélicos, como armas e armaduras, e os anões que precisavam dos produtos cultivados em Caliste e a madeira extraída em Tatius, já que em suas terras era impossível cultivar, e poucas árvores crescem num lugar tão frio o árido.

Assim fecharam seu vinculo com os anões, os portões de LÚmen foram fechados, decretada que apenas os lideres espirituais viveriam ali, um local sagrado, onde o conselho das vilas e raças se uniria para decidir o futuro, resolver contendas, eventos religiosos e festividades.

Contudo os orc nunca tiveram boas relações com os anões, durante anos guerrearam por território e recursos naturais, mas até então os orc tem tolerado a presença humana, mesmo estando aliados aos anões, seus maiores rivais. Mantiveram contato comercial, mas o desrespeito dos humanos pela crença orc os enfurece e coloca em risco esses tempos de paz e descoberta.


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