Mudanças entre as edições de "Gun Carriage"
De Mystical Tales
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Edição das 02h35min de 9 de julho de 2011
personagem | |
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Características | |
Nome: | Gun Carriage |
Idade: | 34 anos |
Altura: | 1,85 |
Peso: | 72 kg |
Cabelos: | Loiros e Sedosos |
Olhos: | Azuis Hipnóticos |
Conteúdo |
Descrição
Origem
Em uma embarcação de velas negras, em uma noite chuvosa o mestre de gávea anunciou que avistara algo a frente. O capitão, um orc caolho imenso e destamido, tomou a frente com uma lanterna. Um homem loiro de barba densa e olhos fulgidos, segurava um embrulho de pano em uma mão e uma porção de papéis envolvidos em couro na outra. Ele olhava para o orc com um sorriso relaxado, quase insolente, e disse "Ayo-ho. O Senhor das Marés deve ter rolado ótimos dados para você, camarada. Pois acaba de ganhar a chance de ter o melhor navegador e ouvir a melhor história à bordo de sua embarcação."
O homem barbudo era John Carriage, ou, melhor, John "Pena-Precisa" Carriage. Um dos maiores cartógrafos, e também um dos maiores contadores de história, dos mares de Volund e além. À primeira vista, o Capitão do Navio, CanonBrug, desconfiou do homem, mas depois de analisar suas cartas de navegação, não teve dúvidas de que aquele homem era, no mínimo, um cartógrafo talentoso. A condição do Pena-Precisa para tripular a embarcação era que seu filho pequeno pudesse ser criado ali, não como tripulante, mas como aprendiz de capitão.
CanonBrug pensou bem, por que não matar o homem por tamanha petulância e devorar a criança? Foi quando a criança abriu seus grandes olhos e, de forma estranha, olhou para o orc. O orc sentiu algo estranho em sua alma! Aqueles olhos azuis sintilantes, não eram só de cor profunda impecável... havia ali algo a mais. Não pareciam olhos de omie, urk ou elfu. Eram olhos de bebida, mar e audácia. Que as luas se colidam! Aquela criança era um demônio! Nada mais adequado ao Alaúde-Serpentino! Canonbrug tomara sua decisão.
Os Carriage ficariam!
O Alaúde Serpentino
Alaúde Serpentino era uma temível e respeitável embarcação. Canonbrug era um seguidor fervoroso do Códido da Boa Náu, o conjunto de leis e conduta seguido por todas as embarcações de sucesso. Dessa forma, o pequeno peste de cabelos flamejantes e olhos d'água, como chamavam alguns tripulantes, foi ensinado. Gun era foi uma criança falante, risonha e cativante. Não importava o número de peças que ele pregava em todos que paravam em sua frente, de alguma forma, os demais triplantes sentiam-se sobrenaturalmente incapazes de desgosta-lo. Sua inquietude só cessava quando seu pai lhe dava lições de cartografia, quando Martin tocava música ou Canonbrug lhe dava lições do Mar.
Filho da Mãe!
Por vezes Gun indagou a seu pai o paradeiro de sua mãe, afinal de contas, os demais tripulantes sempre respeitavam as mães uns dos outros, mas ele não tinha uma para que eles respeitassem. Canonbrug lhe disse repetidas vezes que as fêmeas são para reprodução e não para criação, mas Gun rebatia que aquilo era coisa da cabeça di omie, deixando o orc sem argumentos. John sempre ensinava algo novo de cartografia para o filho nessas situações e acabava conseguindo dissuadir o garoto da questão.
Gun leu o diário de seu pai uma vez, mas lá tinha o nome de muitas fêmeas, então não lhe ajudou em nada. Mas lá ele também encontrou uma carta de navegação. A carta não era muito detalhada, só apontava uma direção e tinha uma mecha de cabelo.
Gun já sabia como indicar uma direção na rota traçada, e lá foi ele mudar a rota para o local indicado pela carta.
Aos Doze, Meia Dúzia!
O Alaúde mudou sua rota. Até hoje não se sabe o porquê de Pena-Precisa não ter alertado sobre a mudança na rota - com excessão desta vez, ele sempre soube quando o timoneiro havia bebido rum demais. Mas o Alaúde entrou em águas distantes e, até então, desconhecidas.
De noite, um estouro.
O Alaúde estava sendo atacado. Pelo quê, ainda não era visível, mas todos estavam com suas armas na mão antes mesmo do mestre timoneiro gritar. As escotilhas foram abertas, os canhões exibidos e, quando a criatura reapareceu, todos atiraram.
John, como já estava ficando velho, foi ordenado a coordenar a salva de tiros. Canonbrug já estava com uma lança cumprida em mãos e, mais rápido e poderoso que os canhões, era o arremesso assobiante que a lança traçava no ar acertando em cheio a criatura. Mas aquilo era pouco mais que um palito de dente no colosso cheio de tentáculos.
A batalha estava dura, o mastro secundário já pairava no ar, sendo brandido pela criatura que prosseguia o ataque. Ela parecia procurar algo, alguma coisa ou alguém. O terrível Kraken foi, afinal, desafio maior que a grandiosa Alaúde Serpentino.
Gun lembra-se de ouvir uma voz firme, zelosa e impávida dizendo "Carriage, sua arte pela vida de seu filho". Daí em diante, Gun não se lembra de nada.
O que sabe daquele dia é que acordou em uma praia com seu pai e um punhado de madeira que parecia ser destroços do A.S. Seu pai tateava o chão gritando por ele. Ao observar direito, Gun descobriria que seu pai agora era cego.
O Fundamental da Vida
Sem uma embarcação aonde servir, John caiu em depressão. Bebendo todo fiado que conseguia e repetindo a seu filho que ele deveria ser muito mais que seu velho pai fora, dizia que Gun era o tesouro que recebera do Senhor das Marés de Rum. Gun sempre respondia que os Deuses fariam ovos mechidos com suas bolas se soubessem da mistura que ele estava fazendo.
John deixou a seu filho seu sextante, seu original do código da boa nau e sete originais de seu maior sucesso literário "A Verdadeira História de Cap. Ken". Gun deu um exemplar do livro a um homem em troca de uma canoa, com a qual celebrou, sozinho, o funeral de seu pai no mar:
"Que essa boca de onde saíram tantas canalhices, entre toda a água que lhe é merecida. E que esses dedos de onde saíram os melhores tratados marítimicos sejam devorados de uma só vez por uma baleia virgem." E para o mar foi John "Pena-Precisa" Carriage.