Mudanças entre as edições de "Ambientação Orc"
De Mystical Tales
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O exercito de Moravia avançou pelo terreno e chegando a tribo de Uzg’Burz forçou passagem, promovendo um verdadeiro massacre, continuou ainda sua jornada e devastou outras cinco tribos orcs antes de retornarem a cidade de Moravia. | O exercito de Moravia avançou pelo terreno e chegando a tribo de Uzg’Burz forçou passagem, promovendo um verdadeiro massacre, continuou ainda sua jornada e devastou outras cinco tribos orcs antes de retornarem a cidade de Moravia. | ||
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+ | =Canções Orcs= | ||
+ | ==Os Lobos== | ||
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+ | Pelas janelas quebradas | ||
+ | Vestigios de sangue | ||
+ | Correndo como lobos na floresta | ||
+ | Cavalos... preferimos correr à pé... | ||
+ | Atravessando a cidade como lobos na floresta | ||
+ | Porque somos lobos na floresta tambem | ||
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+ | Zub! E nós dançamos noite à dentro | ||
+ | Tudo que ainda podemos sonhar | ||
+ | Zub, nós dançamos até de manhã | ||
+ | Sempre em volta da fogueira | ||
+ | Nós sempre estamos em transe | ||
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+ | O rum derrama forte | ||
+ | Atravessamos a taberna | ||
+ | Correndo como lobos na floresta | ||
+ | Barracas mercantes quebradas | ||
+ | Suas coisas devoradas como lobos devoram | ||
+ | Porque somos lobos na cidade tambem | ||
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+ | Zub! Como nós dançamos | ||
+ | Em volta do que é nosso | ||
+ | Seus longos cabelos negros como corvos | ||
+ | Zub, como nós dançamos | ||
+ | Com o que sobrou de você | ||
+ | Você não vai voltar pra casa | ||
+ | Você nunca mais voltará pra casa | ||
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+ | ==O velho xamã== | ||
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+ | Venha o grande xamã te chama | ||
+ | A noite é nossa companheira | ||
+ | Caia na rede da aranha gigante | ||
+ | Nós vamos beber seu sangue como rum | ||
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+ | Então venha para nós | ||
+ | Dançaremos com os pecados | ||
+ | Tirar sua pele | ||
+ | E dançar ao redor de seus ossos | ||
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+ | Então venha ao grande xamã | ||
+ | A noite trás uma nova era | ||
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+ | Fique junto ao grande xamã | ||
+ | Ele beberá seu sangue ao amanhecer | ||
+ | Deixe seus filhos conosco | ||
+ | O grande xamã cuidará deles | ||
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+ | E quando acordar com o barulho | ||
+ | Você pegará sua arma | ||
+ | Mas o sangue será derramado | ||
+ | Como fitas no seu cabelo | ||
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+ | Então venha conhecer o grande xamã | ||
+ | Hoje você será nosso | ||
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+ | Vamos ver o grande xamã | ||
+ | Você não vai precisar de mais nada | ||
+ | Deixe suas coisas pra quem se importa com elas | ||
+ | Nós queremos apenas sua companhia | ||
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+ | Eu terei as costelas | ||
+ | Uma grande refeição | ||
+ | É assim que somos | ||
+ | Podemos usar seu crânio como tigela | ||
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+ | Então venha conhecer o grande xamã | ||
+ | Essa será a sua grande noite. | ||
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+ | ==A tribo== | ||
+ | Você está vendo a morte de perto | ||
+ | Seus inimigos estão cheios de coragem | ||
+ | Mas a tribo está perto | ||
+ | Mas a tribo está perto | ||
+ | Mas a tribo está perto | ||
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+ | Quando a tribo estiver coberta de sangue | ||
+ | Guerra é guerra | ||
+ | Quando a tribo estiver coberta de sangue | ||
+ | Fique próximo até a morte | ||
+ | Covardes e mentirosos | ||
+ | Não podem ser chamados de irmãos | ||
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+ | Nós temos muito orgulho | ||
+ | Nossos inimigos tambem são orgulhosos | ||
+ | Suas mãos devem esquecer a fraqueza | ||
+ | Nós veremos | ||
+ | Quem quando o combate acabar | ||
+ | Nós veremos | ||
+ | Quem quando o combate acabar | ||
+ | Estará ajoelhado sob nossos pés | ||
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+ | Quando a tribo estiver coberta de sangue | ||
+ | Guerra é guerra | ||
+ | Quando a tribo estiver coberta de sangue | ||
+ | Fiquemos juntos até a morte | ||
+ | Covardes e mentirosos | ||
+ | Nunca serão chamados de irmãos. | ||
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+ | ==Libertação do Grande Povo== | ||
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+ | Os bronzes da tirania | ||
+ | Já por aqui não rouquejam; | ||
+ | Os monstros que o escravizavam | ||
+ | Já entre nós não vicejam. | ||
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+ | Da Tribo o grito | ||
+ | Eis que se lança | ||
+ | Desde o Shaman | ||
+ | Até a criança | ||
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+ | Ferrões e grilhões e forcas | ||
+ | D'antemão se preparavam; | ||
+ | Mil planos de proscrição | ||
+ | As mãos dos monstros gizavam! | ||
=Comportamento racial= | =Comportamento racial= |
Edição das 16h56min de 9 de dezembro de 2010
Conteúdo |
Observação
A tradição orc é mantida verbalmente, sendo muito raro e recente os registros escritos. Tudo o que se sabe sobre a história orc atravessou séculos sendo cultivada pela tradição oral. Os velhos contavam historia aos mais novos e as canções e ritos religiosos preservaram o quanto pôde a história desta raça. Por se tratar de uma tradição oral o conhecimento preservado é mutável, as histórias receberam modificações enquanto atravessavam as gerações. Os orcs não questionam as histórias e são muito ligados a superstição e as lendas.
O início de tudo
Quando o mundo ainda era jovem e os deuses caminhavam pelos vales e bosques houve desentendimento sobre quem deveria liderar. Os deuses ainda não haviam testado suas forças e os fracos se sentiam confortáveis para serem arrogantes, então os deuses começaram a medir seu poder em nosso mundo. Não havia humanos ou elfos, talvez nem anões.
As eras trataram de apagar o nome dele, mas foi ele o primeiro a decidir que o mundo deveria ser refeito, o que existia precisava ser destruído para que o novo tomasse o lugar do velho. Então ele nos criou, para trazer destruição ao mundo, para vencer a guerra deles. No inicio não conhecíamos a liberdade e nossa existência era para servir a guerra, seja em vida ou em morte. Os orcs não descansavam quando mortos, deveriam continuar sua batalha em outro mundo, alimentando o espírito de ira e ferocidade, para que quando regressassem ao mundo dos vivos, trouxessem ainda mais destruição.
Nascemos fortes e crescemos em poder durante a nossa existência, mas nosso criador não compartilhava a nossa natureza e então ele pereceu vencido por outros deuses, mas nós permanecemos, nós provamos que somos os mais valorosos entre todos os mortais, os deuses reconheceram nossa força e libertou nossos espíritos, para que continuássemos a existir.
Ao nos libertar os deuses foram sábios e quiseram preservar o valor de nossa raça, então deveríamos provar em vida nossa força para em morte nos deitarmos sob o Sol, lar das criaturas fortes e destemidas, único lar habitável por orcs, pois os fracos terão seus espíritos destruídos e não regressarão em outras vidas. Por isso os orcs devem morrer em combate, de forma violenta e valorosa.
O inicio da grande guerra
Quando os navios élficos aportaram Floresta Negra, ao nordeste do continente de Volund, os orcs ignoraram aquele povo de aparência tão moribunda e assustada, possuíam corpos fracos e a viagem rigorosa os tornaram ainda mais fracos. Deixaram que aquelas miseráveis criaturas construíssem sua débil cidade e vivessem a vida dos fracos, como manda a natureza. Os Vrushnak teriam saqueado, mas um gesto de fraqueza como este poderia chamar a atenção de outras tribos que interpretariam o ato como uma medida desesperada e os sobrepujariam ao domínio de outra tribo. As tribos Uruks os teriam dizimado, mas a guerra por territórios parecia eterna e essa distração seria fatal neste momento. Então orcs e uruks ignoraram a presença dos elfos e estes puderam se estabelecer em uma região que supunham ser pacifica e segura.
Talvez por terem vivido em paz por um longo tempo, talvez por ser a natureza dos elfos, em algum momento já não se sentiam fracos e se declararam senhores das terras orcs. Para eles éramos todos a mesma coisa, então declararam guerra aos orcs em geral, mas guerreavam apenas com seus vizinhos, forçando várias tribos a esquecerem as diferenças e se unirem contra os elfos.
Muitas tribos precisaram migrar para regiões desconhecidas e lá encontraram os humanos, seres curiosos que cultivavam hábitos estranhos e sem sentido. Alguns eram gordos e preguiçosos, covardes que não colaboravam em nada para a sua raça e mesmo assim eram clamados como lideres poderosos. As tribos orcs que migraram para aquela região não viram mal em saquear aquelas cidades e então os humanos revidaram e surpreenderam os orcs com uma força que pareciam não ter.
Desorganizados e espalhados, lutando em incontáveis guerras tribais e contra elfos e humanos, os orcs caminhavam em direção a uma derrota clara e inevitável, não seriamos vencidos por elfos ou humanos, mas pelas nossas disputas ancestrais, até que Groshnak Ukarorcs transformou a tribo dos Uhgshâr em uma nação, anexando dezenas de outras tribos ao seu estandarte.
Groshnak Ukarorcs
A tribo dos Uhgshâr não era a maior ou mais poderosa de sua região, eram guerreiros comuns que se preocupavam apenas em manter o território que já tinham. Diziam viver naquelas terras desde o inicio dos tempos, quando os orcs foram espalhados pelo mundo. Suas desavenças com tribos vizinhas eram muitas e jamais se resolveriam se dependesse dos Uhgshâr.
Groshnak nasceu para liderar, isso ficou claro desde sua infância. Sua ferocidade era maior que a dos Uhgshâr e em batalha entrava em um profundo estado de fúria imediatamente, sem perder a consciência do que era importante. Os Uhgshâr possuem um ritual de passagem onde crianças se tornam guerreiros, um grupo de jovens é abandonada em uma região hostil e desconhecida, quase sempre em guerra, caso consigam regressar a tribo dos Uhgshâr se tornam guerreiros respeitados, caso não retornem falharam em provar sua força e coragem.
Groshnak teria sido um bom líder Uhgshâr e talvez tivesse sobrepujado uma ou outra tribo orc ao seu domínio, mas algo mudou no espírito de Groshnak no ritual de passagem. Groshnak se perdeu do grupo em uma região de tribos desconhecidas que guerreavam ferozmente contra uma raça de aparência frágil e grande habilidade em combate. Já era tido como morto quando retornou a tribo dos Uhgshâr, nunca revelou o que aconteceu ou o que viu, mas retornou austero e impaciente com a urgência de ganhar poder. Precisou de pouco tempo para se tornar o líder dos Uhgshâr e não tardou para sobrepujar todas as tribos vizinhas. Groshnak era capaz de enxergar algo nas batalhas que ninguém mais conseguia ver e essa habilidade, essa capacidade de tirar vantagem de situações invisíveis, de perceber as estratégias inimigas, tornou Groshnak um adversário temível e invencível.
Anos depois foi possível compreender o que Groshnak, agora Groshnak Ukarorcs, pretendia com sua busca por poder. Os elfos se tornaram um inimigo conhecido e não seriam derrotados por algumas tribos, também não respeitavam os valores orcs e eram cruéis com os vencidos. Groshnak Ukarorcs transformou as tribos orcs na nação orc de Uhgshâr e seu estandarte de guerra era acompanhado por centenas de flâmulas de tribos orcs que outrora lutavam entre si. Os Uhgshâr agora eram muitos, possuíam vários nomes e uma força nunca vista antes, os orcs agora mostravam seu verdadeiro poder e combatiam elfos e humanos com uma violência assustadora, era questão de tempo até que os reinos inimigos sucumbissem a superioridade orc.
A derrota dos Uzg’Burz
A tribo dos Uzg’Burz era conhecida por seus guerreiros fortes e impiedosos, orgulhosos pela sua grande força e coragem. Eram poucos e selvagens, viviam no extremo norte e ignoravam as disputas territoriais da região. Não atacavam seus vizinhos e os mesmos, conhecendo o poder da ira dos Uzg’Burz não se atreviam a molestá-los.
Quando Groshnak Ukarorcs iniciou sua luta para reunir todas as tribos na guerra contra elfos e humanos os Uzg’Burz atenderam o chamado e vendo que seus vizinhos demoravam a unir suas flâmulas de guerra ao estandarte de Groshnak Ukarorcs, eles iniciaram ofensivas brutais e anexaram todas as tribos vizinhas ao comando de Hor, líder dos Uzg’Burz.
Mesmo após a dizimação dos elfos, quando as tribos já impacientes iniciaram disputas internas e o estandarte de Groshnak Ukarorcs já não possuía o mesmo poder, os Uzg’Burz deram continuidade a guerra contra a cidade de Moravia em uma disputa desigual, pois Moravia mantinha um exercito várias vezes maior e melhor equipado que a tribo dos Uzg’Burz.
Os Uzg’Burz eram conhecidos e temidos por possuírem grande força na forma de zkar, ou a força física e bruta, mas lhes faltava a força na forma de kdur, a força de espírito, portanto não possuíam a verdadeira força, a ukar. Hor, o líder dos Uzg’Burz confiava apenas em sua força e coragem, não dando ouvidos aos conselhos dos xamãs, acreditava na ação violenta e julgava que estratégias eram ferramentas das criaturas fracas. Quando o exercito de Moravia pôde ser avistado avançando em direção a tribo dos Uzg’Burz, Hor ordenou que todos os orcs se preparassem para a ultima batalha contra Moravia, planejava aniquilar o exercito humano e avançar em seguida contra a cidade de Moravia, destruindo-a.
Ao ver que o exercito humano atravessava o rio e se encontrava desarticulado e vulnerável, os xamãs aconselharam Hor a iniciar o ataque imediatamente, pois naquela situação a vantagem lhes garantiria uma vitória fácil. Hor mandou que ninguém atacasse, pois ainda não era chegada a hora. Os xamãs, já impacientes e preocupados, insistiram para que Hor comandasse o ataque enquanto o exercito de Moravia ainda se reorganizava após a travessia e poderiam ser surpreendidos, mas Hor não os escutou, certo de que venceria pela força superior dos Uzg’Burz.
O exercito de Moravia avançou pelo terreno e chegando a tribo de Uzg’Burz forçou passagem, promovendo um verdadeiro massacre, continuou ainda sua jornada e devastou outras cinco tribos orcs antes de retornarem a cidade de Moravia.
Canções Orcs
Os Lobos
Pelas janelas quebradas Vestigios de sangue Correndo como lobos na floresta Cavalos... preferimos correr à pé... Atravessando a cidade como lobos na floresta Porque somos lobos na floresta tambem
Zub! E nós dançamos noite à dentro Tudo que ainda podemos sonhar Zub, nós dançamos até de manhã Sempre em volta da fogueira Nós sempre estamos em transe
O rum derrama forte Atravessamos a taberna Correndo como lobos na floresta Barracas mercantes quebradas Suas coisas devoradas como lobos devoram Porque somos lobos na cidade tambem
Zub! Como nós dançamos Em volta do que é nosso Seus longos cabelos negros como corvos Zub, como nós dançamos Com o que sobrou de você Você não vai voltar pra casa Você nunca mais voltará pra casa
O velho xamã
Venha o grande xamã te chama A noite é nossa companheira Caia na rede da aranha gigante Nós vamos beber seu sangue como rum
Então venha para nós Dançaremos com os pecados Tirar sua pele E dançar ao redor de seus ossos
Então venha ao grande xamã A noite trás uma nova era
Fique junto ao grande xamã Ele beberá seu sangue ao amanhecer Deixe seus filhos conosco O grande xamã cuidará deles
E quando acordar com o barulho Você pegará sua arma Mas o sangue será derramado Como fitas no seu cabelo
Então venha conhecer o grande xamã Hoje você será nosso
Vamos ver o grande xamã Você não vai precisar de mais nada Deixe suas coisas pra quem se importa com elas Nós queremos apenas sua companhia
Eu terei as costelas Uma grande refeição É assim que somos Podemos usar seu crânio como tigela
Então venha conhecer o grande xamã Essa será a sua grande noite.
A tribo
Você está vendo a morte de perto Seus inimigos estão cheios de coragem Mas a tribo está perto Mas a tribo está perto Mas a tribo está perto
Quando a tribo estiver coberta de sangue Guerra é guerra Quando a tribo estiver coberta de sangue Fique próximo até a morte Covardes e mentirosos Não podem ser chamados de irmãos
Nós temos muito orgulho Nossos inimigos tambem são orgulhosos Suas mãos devem esquecer a fraqueza Nós veremos Quem quando o combate acabar Nós veremos Quem quando o combate acabar Estará ajoelhado sob nossos pés
Quando a tribo estiver coberta de sangue Guerra é guerra Quando a tribo estiver coberta de sangue Fiquemos juntos até a morte Covardes e mentirosos Nunca serão chamados de irmãos.
Libertação do Grande Povo
Os bronzes da tirania Já por aqui não rouquejam; Os monstros que o escravizavam Já entre nós não vicejam.
Da Tribo o grito Eis que se lança Desde o Shaman Até a criança
Ferrões e grilhões e forcas D'antemão se preparavam; Mil planos de proscrição As mãos dos monstros gizavam!
Comportamento racial
O estereótipo de orc burro e ignorante é um erro. Orcs são criaturas focadas no momento e motivadas pelo desejo de vencer seus adversários e desafios. Em combate são tão focados no momento que é como se nada mais existisse, ignoram tudo além daquilo em que estão concentrados. O que para outras raças poderia parecer estupidez ou imprudência, para um orc pode ser uma prova de coragem e força.
Os orcs resolvem suas discussões e desentendimentos com disputas de força, algo que valorizam acima de tudo. Para um orc força não quer dizer necessariamente força física. Orcs valorizam Força, ou seja, a habilidade de ser superior, de sobrepujar inimigos internos e externos. Na língua orc a Força pode ser vista como poder de corpo – “Zkar” – ou poder de espírito – “Kdur”. Possuir ambos, ter a Verdadeira Força – “Ukar” – é o que legitima um líder e dá a vitória a um campeão da tribo. Grandes orcs são considerados aqueles com “Ukar”, e chamados de “Ukarorcs”, um grande título.
A hierarquia orc é fundamentada na força. Cabe aos fortes o dever de governam e aos fracos o dever de obedecer. Isso explica a aparente impiedade dessa raça para os seus inferiores e a constante necessidade de provar sua força e valor para justificar seu status dentro da tribo. Isso significa, inusitadamente, proteger os fracos e os incapacitados de sua tribo. Pode parecer uma diferença sutil, mas para um orc faz toda a diferença. Eles chamam esse estado constante de teste e prova de “A Têmpera de Adhar” ou “Adharknar” (como no ditado orc “O Adharknar só termina com o último suspiro de seu corpo” ).
A importância dada à força faz com que orcs sintam um verdadeiro desprezo pelos fracos e, principalmente pelos covardes. A covardia é a característica mais repulsiva que um orc pode conceber, é a negação absoluta de tudo aquilo que um orc valoriza. Não são capazes de compreenderem e aceitar quando alguém se recusa a reconhecer a força de um ser mais poderoso. Para os orcs os fracos devem se submeter ao governo do mais forte, sem questionar. Há relatos de orcs que se lançaram em embates suicidas contra paladinos simplesmente por não suportarem a “cegueira” destes sobre seu lugar no universo (pois paladinos servem os fracos e inocentes).
Orcs são facilmente ofendidos por qualquer oferta de ajuda alheia, seja mesmo para curar um guia orc ferido. Para eles, existem dois conceitos para ajuda – “Zrok” e “Braj”. O primeiro – “Zrok” – significa “fazer aquilo que é devido” e representa bem a idéia de tribo orc. Por exemplo, em uma batalha, um sacerdote orc cura guerreiros feridos que lutem na defesa da tribo e amaldiçoa os inimigos que a atacam. Já o segundo conceito – “Braj” – significa “fazer aquilo que é pedido” e representa a noção de “ajuda” comum às outras raças. Isto é, ajuda sem contraprestação ou merecimento devido. Para um orc, “Braj” é considerado um sinal de fraqueza, perdoado apenas em crianças, aleijados e anciões debilitados.