Mudanças entre as edições de "Ambientação Élfica"
De Mystical Tales
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− | Os barcos foram enchidos as pressas, sem organização ou planejamento, não havia tempo para pensar em detalhes ou lembrar dos que ficavam para trás, não havia tempo para salvar quem os salvava em sua fuga desesperada do lar. A noite parecia eterna, os exércitos rompiam qualquer resistência élfica, a floresta estava morta desde a ultima fase lunar e nada mais podia ser feito. Os que escaparam assistiram de longe o declínio absoluto de Maltalosse, nada sobrara, nem mesmo a floresta, amaldiçoada, estéril, apodrecida! | + | Os barcos foram enchidos as pressas, sem organização ou planejamento, não havia tempo para pensar em detalhes ou lembrar dos que ficavam para trás, não havia tempo para salvar quem os salvava em sua fuga desesperada do lar. A noite parecia eterna, os exércitos rompiam qualquer resistência élfica, a floresta estava morta desde a ultima fase lunar e nada mais podia ser feito. |
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+ | Os que escaparam assistiram de longe o declínio absoluto de Maltalosse, nada sobrara, nem mesmo a floresta, amaldiçoada, estéril, apodrecida! | ||
Enquanto se afastavam de seu lar encontraram mais motivos para esquecer o passado e enterrar a culpa que os fizeram perder tudo. Os elfos erraram em seus julgamentos, ouviram vozes sedutoras e puniram injustamente quem tinha o poder de destrui-los, mas como podiam saber? Agora era tarde e no horizonte nem mesmo as chamas consumindo Maltalosse eram avistadas, só rezavam para que o passado fosse enterrado com Maltalosse e não atravessasse o mar em busca de vingança. | Enquanto se afastavam de seu lar encontraram mais motivos para esquecer o passado e enterrar a culpa que os fizeram perder tudo. Os elfos erraram em seus julgamentos, ouviram vozes sedutoras e puniram injustamente quem tinha o poder de destrui-los, mas como podiam saber? Agora era tarde e no horizonte nem mesmo as chamas consumindo Maltalosse eram avistadas, só rezavam para que o passado fosse enterrado com Maltalosse e não atravessasse o mar em busca de vingança. | ||
− | A tempestade enfurecia o mar e pesava o céu, enquanto uma pequena frota de navios elficos atravessava a turbulenta travessia. Tallandyr lamentou não poder apreciar as estrelas naquela noite, e seu abatimento era ainda mais forte nessas noites tempestuosas. Segurou firme um delicado pingente em seu peito, a ultima lembrança que pôde levar consigo de sua amada filha Nimbelme. Um aperto em seu coração fez com que resignasse a cabeça, era insuportável estar longe do tumulo de Nimbelme, e mais ainda ter que admitir que os elfos estiveram errados em seus julgamentos, e se não fosse pela ira que os Laveques despertaram em seus corações com mentiras, talvez os elfos ainda vivessem em Maltalosse, nos já distantes reinos de Esperya. | + | |
+ | A tempestade enfurecia o mar e pesava o céu, enquanto uma pequena frota de navios elficos atravessava a turbulenta travessia. Tallandyr lamentou não poder apreciar as estrelas naquela noite, e seu abatimento era ainda mais forte nessas noites tempestuosas. Segurou firme um delicado pingente em seu peito, a ultima lembrança que pôde levar consigo de sua amada filha Nimbelme. Um aperto em seu coração fez com que resignasse a cabeça, era insuportável estar longe do tumulo de Nimbelme, e mais ainda ter que admitir que os elfos estiveram errados em seus julgamentos, e se não fosse pela ira que os Laveques despertaram em seus corações com mentiras, talvez os elfos ainda vivessem em Maltalosse, nos já distantes reinos de Esperya. |
Edição das 09h47min de 10 de novembro de 2010
Para além do mar
Os barcos foram enchidos as pressas, sem organização ou planejamento, não havia tempo para pensar em detalhes ou lembrar dos que ficavam para trás, não havia tempo para salvar quem os salvava em sua fuga desesperada do lar. A noite parecia eterna, os exércitos rompiam qualquer resistência élfica, a floresta estava morta desde a ultima fase lunar e nada mais podia ser feito.
Os que escaparam assistiram de longe o declínio absoluto de Maltalosse, nada sobrara, nem mesmo a floresta, amaldiçoada, estéril, apodrecida!
Enquanto se afastavam de seu lar encontraram mais motivos para esquecer o passado e enterrar a culpa que os fizeram perder tudo. Os elfos erraram em seus julgamentos, ouviram vozes sedutoras e puniram injustamente quem tinha o poder de destrui-los, mas como podiam saber? Agora era tarde e no horizonte nem mesmo as chamas consumindo Maltalosse eram avistadas, só rezavam para que o passado fosse enterrado com Maltalosse e não atravessasse o mar em busca de vingança.
A tempestade enfurecia o mar e pesava o céu, enquanto uma pequena frota de navios elficos atravessava a turbulenta travessia. Tallandyr lamentou não poder apreciar as estrelas naquela noite, e seu abatimento era ainda mais forte nessas noites tempestuosas. Segurou firme um delicado pingente em seu peito, a ultima lembrança que pôde levar consigo de sua amada filha Nimbelme. Um aperto em seu coração fez com que resignasse a cabeça, era insuportável estar longe do tumulo de Nimbelme, e mais ainda ter que admitir que os elfos estiveram errados em seus julgamentos, e se não fosse pela ira que os Laveques despertaram em seus corações com mentiras, talvez os elfos ainda vivessem em Maltalosse, nos já distantes reinos de Esperya.