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Gralin picaretava com força a rocha, e num de seus golpes achou uma imensa pepita de prata.

- Maravilhoso!!! Mais uma!!!

Apesar de já ter achado centenas delas, nunca se cansava de achar mais. Os anões já estavam na expedição à várias semanas, e haviam conseguido uma quantidade de prata imensa da mina de Lynn. Nos últimos dias as cicatrizes deixadas nas roças pelos pequenos haviam indicado que a caverna não era tão sólida, mas mesmo assim continuavam. Depois que ouviram alguns barulhos estranhos vindo das fendas, resolveram contratar um grupo de guardas para protegê-los, mais por medo, pois não haviam visto nada ainda.

O ritmo frenético das picaretas incomodava muito os guardas, que não eram acostumados, mas para os anões era música. Gromir também picaretava violentamente, e encontrou uma grande pepita, exclamando em seguida:

- Encontrei outra! Vamos ficar ri..... - subitamente ele foi interrompido pela parede da caverna que começou a desmoronar. Grandes blocos de pedra foram caindo, e uma grande fenda escura apareceu no local.

- Pessoal... - disse Gromir - Acho que exagerei! - disse o anão rindo. Mas de repente um ruído estranho, como uma língua vulgar saiu da fenda assustando todos em volta.

- Guardas!!! - gritou Gromir desesperado - Tem algo aqui! Tenho certeza!!!

Os guardas foram rapidamente para onde estava o anão, e ficaram de prontidão. Os outros anões também ficaram nas proximidades, atrás da barreira de guerreiros, aterrorizados mas também curiosos para saber o que tinha lá. Ficaram de prontidão por uns 5 minutos, tensos, e mesmo os guardas suavam frio na expectativa do que poderia surgir. Quando finalmente abaixaram a guarda, um enorme insetóide saiu do buraco, murmurando algo incompreensível e atacando os guardas. Sozinho não foi páreo para os treinados guerreiros, que lutaram com força e abateram o monstro.

- HA! - gritou Linior, o chefe dos guardas - Era só isso? Nem acredito que ficamos com tanto medo! Podem voltar a seu trabalho.

Os anões, aliviados, pegaram suas picaretas e começaram a voltar para seus postos. Mas eis q de repente outra parede ruiu, e mais criaturas saíram das duas fendas, num ataque estranhamente coordenado e feroz. Os guerreiros começaram a lutar bravamente, até os anões correram para pegar suas armaduras e armas e combater as criaturas. A batalha se desenrolou por algumas horas, e depois de algumas baixas os mineradores recuaram para as barracas.

- Temos que fugir daqui! - exclamou um dos mercenários

- Não podemos! - disse um anão - Tem muita prata aqui, o seu pagamento está aqui! - Temos que sair daqui COM a prata!

- Não seja idiota anão! - exclamou Linior nervoso - Temos que voltar com mais homens! Elas são muitas, e tem as maiores que são muito resistentes! Se não sairmos vamos morrer todos! Vamos homens!

Os guardas então pegaram algumas pepitas de prata como pagamento e os anões também pegaram o que podiam, e partiram para uma fuga desesperada. As criaturas tentaram impedir a passagem, mas não eram muito rápidas e eles conseguiram passar até próximo a cachoeira. Porém quando estavam chegando, um enorme monstro surgiu, acompanhado de mais dois, e bloquearam a passagem. Os homens ainda tentaram lutar, mas enquanto lutavam as que ficaram para trás chegaram e terminaram a luta.

E a seção inferior da mina de Lynn se tornou a sepultura dos bravos mineiros e de seus guardas.

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