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Ambientação Élfica

De Mystical Tales

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Para além do mar

Os barcos foram enchidos as pressas, sem organização ou planejamento, não havia tempo para pensar em detalhes ou lembrar dos que ficavam para trás, não havia tempo para salvar quem os salvava em sua fuga desesperada do lar. A noite parecia eterna, os exércitos rompiam qualquer resistência élfica, a floresta estava morta desde a ultima fase lunar e nada mais podia ser feito.

Os que escaparam assistiram de longe o declínio absoluto de Maltalosse, nada sobrara, nem mesmo a floresta, amaldiçoada, estéril, apodrecida! Enquanto se afastavam de seu lar encontraram mais motivos para esquecer o passado e enterrar a culpa que os fizeram perder tudo. Os elfos erraram em seus julgamentos, ouviram vozes sedutoras e puniram injustamente quem tinha o poder de destrui-los, mas como podiam saber? Agora era tarde e no horizonte nem mesmo as chamas consumindo Maltalosse eram avistadas, só rezavam para que o passado fosse enterrado com Maltalosse e não atravessasse o mar em busca de vingança.

A tempestade enfurecia o mar e pesava o céu, enquanto uma pequena frota de navios elficos atravessava a turbulenta travessia. Tallandyr lamentou não poder apreciar as estrelas naquela noite, e seu abatimento era ainda mais forte nessas noites tempestuosas. Segurou firme um delicado pingente em seu peito, a ultima lembrança que pôde levar consigo de sua amada filha Nimbelme. Um aperto em seu coração fez com que resignasse a cabeça, era insuportável estar longe do tumulo de Nimbelme, e mais ainda ter que admitir que os elfos estiveram errados em seus julgamentos, e se não fosse pela ira que os Laveques despertaram em seus corações com mentiras, talvez os elfos ainda vivessem em Maltalosse, nos já distantes reinos de Esperya.

A criação de Osto Isil

A memória dos elfos não possui um inicio, a historia de seus antepassados começa com a chegada de seus imponentes navios as terras de Formen Hyarmen, navios carregados de elfos que desejavam enterrar seus passados e deixar no oeste a sua dor. O tempo curou a dor e apagou da lembrança dos elfos as antigas historias de tempos sombrios, mas também apagou o medo dos elfos pelo oeste e fez surgir lendas sobre uma gloriosa cidade elfica perdida no oeste.

Em Cemen Hyarmen os elfos fundaram uma cidade, Osto Isil, da qual podiam chamar de lar, e enterraram suas historias e medos junto às bases da cidade. Muito tempo depois os elfos continuaram a seguir como governantes os descendentes da família Edain, e por séculos a prosperidade era cultivada em Osto Isil, que crescia imponente. E por muitos séculos a arrogância cresceu nos corações dos elfos, e substituiu a altivez dos povos antigos.

Da guerra contra os orcs.

Osto Isil se tornara pequena para a ambição dos elfos. Começaram a desejar mais, e justificavam sua expansão como sendo um reflexo de seus grandes e austeros espíritos. Fundaram uma segunda cidade, Osto Andúnë, que prosperou tanto quanto Osto Isil. Mas ainda não era o bastante para os elfos, e então continuaram a sua marcha para alem de seus domínios e encontraram o reino de Luyaran, do qual pouco se interessaram, se ali existiam humanos, então nada havia para ser visto.

Aos olhos dos elfos, já se viam como senhores do mundo que conheciam e caminhavam pelas terras como quem caminha em seu quintal. Foi assim que Andamallë Edain acidentalmente invadiu terras orcs. A guerra duraria muitas décadas e traria a destruição para três povos.

Hyram, a loucura e a traição

Hyram Edain nunca viria a se tornar rei, era o terceiro filho, algo raro entre os elfos que não costumavam ter mais que o primogênito, quando muito um segundo. Hyram tão pouco se interessava pelas assembléias de Osto Isil. Sua paixão estava nas armas e em sua mulher, alguém que os conselheiros trataram de riscar da historia.

A confiança dos elfos pelos anciões pode ser considerada cega, e não de forma imprudente, diferente das outras raças, os elfos não perdem sua sanidade.

Talvez pelo desejo sádico de algum deus, talvez como prelúdio do futuro, uma revelação em sonho fora feita a Peredhil, o mais antigo elfo conhecido: “uma criança nasceria com cabelos prateados e olhos brilhantes, em seu corpo traria uma pequena lua nascente e quando a criança cumprisse seu percurso de vida, os elfos entrariam em declínio”. A criança nasceu na família Edain e por muito tempo sua existência foi ocultada. Desde que tivera o sonho profético, Peredhil se tornou obcecado e sua obsessão consumiu sua aparência, trazendo uma velhice moribunda a cada dia que terminava.

Não se pode esconder a existência de alguém eternamente, e um dia Peredhil descobriu a criança, ensandecido se atirou com armas em punho contra a criança. Foram os gritos de Peredhil que trouxeram a rainha Elenlindale ao socorro da criança, que o defendeu oferecendo seu peito a espada de Peredhil. Desesperado, com o sangue quente de Elenlindale escorrendo pela espada, Peredhil desapareceu pelos corredores do palácio.

Hyram fugiu com seu filho, temia que o matassem, temia perder o ultimo presente que sua mulher lhe deixara antes de morrer no parto. Todos souberam que Hyram matara sua irmã e fugira com um filho amaldiçoado, fruto de um relacionamento incestuoso, ninguém duvidaria das palavras de um ancião como Peredhil.

Elenlindale não foi morta por seu irmão, e seu espírito não descansou, ficou preso ao seu corpo, enquanto ele decompunha, e o ódio por sua morte crescia, tornando sua alma negra e gelada. Os anos seguintes foram terríveis e pesadas nuvens cor-de-chumbo deitavam-se em Osto Isil. O ódio de Elenlindale trouxe a noite-eterna e expulsou os elfos de Osto Isil, e com a escuridão seres terríveis habitaram a floresta, e nem orc ou elfo se atreviam a andar por Osto Isil.

Da guerra contra os Drow

Como havia de ser os elfos enterraram sua tristeza e continuaram a luta contra os orcs, que agora cresciam em numero de forma assombrosa. O tempo passou e em Osto Andúnë a profecia de Peredhil foi esquecida. Osto Andúnë era governada por Antioch, um honrado elfo que buscava preservar as tradições elficas. Quando a guerra já começava a pender a favor dos orcs, os drow apareceram. Não eram ferozes e animalescos como os orcs, mas eram organizados e possuíam tecnologia bélica comparada a dos elfos. Os drow reivindicavam “o que lhes pertencia”, sabe-se lá o que isso significasse, falavam sobre as “mãos de ébano”, como se os elfos a possuíssem. Nesses dias o passado dos elfos retornava para assombra-los.

De Elerion Ro e a retomada elfica

Em dias hostis, numa manhã fria, surgiu aos portões de Osto Andúnë um elfo desconhecido, se destacava dos demais por seu cabelo prateado e os olhos vivos como chamas incandescestes, na testa levava uma marca de nascença, uma lua nascente.

Os elfos o acolheram como se fosse um mensageiro de um lendário reino do oeste, perdido em contos antigos e que agora vinha anunciar a chegada de um exercito para salva-los. A crença dessa historia se tornava mais viva a cada batalha que Elerin Ro participava. Suas habilidades em combate eram únicas, e seu nome ganhou uma aura mística rapidamente, tanto para os elfos quanto para os orcs e drow, que o temiam como a um deus sanguinário. Em verdade, Elerin Ro era cruel com seus inimigos e suas armas possuíam um encantamento que queimava e destruía os corpos que tocavam, sem lhes tirar a vida.

Antioch tinha uma filha, Nörevendë, pela qual Elerin Ro se apaixonou e foi correspondido em seu amor.

O fim de Elerin Ro e da esperança elfica

Orcs e drow se escondiam dos elfos e temiam cada vez mais o nome de Elerin Ro, sentiam como se algum deus os estivessem castigando, em especial os drow, pois haviam sido enganados por um demônio que se passou por matriarca, e mesmo revelando sua identidade, os drow aceitaram sua ajuda em troca de um objeto elfico, as “mãos de ébano”, um artefato que caiu no esquecimento dos elfos, vindo de tempos imemoráveis, de um outro continente, um recipiente de uma maldade elemental que voltaria para os atormentar.

Na véspera do nascimento do filho de Elerin Ro, Nörevendë fora capturada por drows. Um golpe duro e amargo, já que tudo ocorrera dentro da segurança dos muros de Osto Andúnë. Elerin Ro partiu com o sol, e enquanto a noite caía, as sombras tornavam mais pesado o seu abatido semblante. Uma tristeza amarga tomava tudo por onde ele passava.

Um imenso exercito orc e drow o esperavam no ponto de encontro, mas ninguém o zombou ou o provocou. Balthazar já não escondia sua identidade na figura de uma matriarca drow, estava a espera de Elerin Ro. Elerin Ro não o olhou, entregou as mãos de ébano e aceitou os grilhões que lhe prenderam nas mãos e nos pés. Virou a face enquanto Nörevendë era levada para longe, de volta para os domínios elficos. Os drow tinham motivos para odia-lo, e se não fosse o terror que lhes causava teriam o exigido como prisioneiro, mas em vez disso forçaram os orcs a levarem-no.

E mesmo capturado e subjugado, Elerin Ro ainda imprimia terror nos orcs, tamanho foram os danos causados por ele. Ainda que os orcs estivessem com medo, desconjuntaram seus braços até os ombros, utilizando um cinzel, para que ele jamais voltasse a manejar arco ou espada. Seus tendões dos pés foram cortados, para nunca mais correr ou cavalgar, e seus dentes e línguas foram arrancados, pois os orcs temiam sua voz, ainda que ele não falasse desde que fora preso. Colocaram-lhe como mascara um crânio de cachorro, com restos de carniça, e mesmo assim os orcs não se atreviam a mata-lo, temendo que seu espírito, estando livre, encarnasse novamente e voltasse para se vingar.

A profecia de Peredhil e o fim dos elfos

Em poucos dias nada sobrara de Osto Andúnë e a guerra chegara a seu fim, com a conclusão da profecia de Peredhil, Elerin Ro estava morto, os que sabiam da profecia assim anunciavam, mas nem todos acreditavam nessa possibilidade. A memória dos elfos não possui um inicio, suas tradições históricas vão além dos dias em que viveram em Maltalosse, no distante reino de Esperya, mas os elfos também possuem a capacidade de enterrar seu passado para que possam seguir em frente após todas as tragédias. Osto Andúnë agora queimava como outrora Maltalosse queimou, e novamente precisavam fugir as pressas, desta vez o ataque veio pelo mar, fugiram desordenadamente, espalhando-se pelo mundo, sendo caçados e assassinados como animais. Poucos restaram e foram acolhidos em Luya, pelos povos inferiores, ou desapareceram em longas peregrinações, terminando em algum reino ou continente na extremidade mais longínqua do mundo.

Do novo recomeço

Por algum tempo os elfos foram gratos aos humanos de Luya e por algum tempo viveram desorganizados e solitários. As tradições eram esquecidas ou ignoradas e a maioria dos elfos se humanizavam. Os poucos que não se adaptavam a realidade se tornavam melancólicos ou se revoltavam contra a própria raça.

Os anos passaram, orcs e drow dissiparam pelo mundo e pouco se ouvia falar deles, não é possível manter várias tribos orcs sob um mesmo estandarte por um longo período, os drow já atingiram seus objetivos e a vingança contra os elfos já havia atravessado o mar e realizado sua vingança. Era tempo de recomeçar.

Voltaram a Osto Andúnë e lá ergueram novas construções e chamaram a nova cidade de Maltalosse. Em dias de calmaria a cidade cresceu tímida e reclusa, o mundo girava além de seus portões e os elfos pouco se manifestavam em assuntos alheios ao que ocorria dentro de seus domínios. Os elfos assim viveram até a Guerra das Luas, quando tudo chegou a um fim e até Bel-Luna pereceu.


Rumores e Boatos

O espírito de Elenlindale ainda permanece em Osto Isil, atormentado, amaldiçoando e assombrando a região. Elenlindale continua sendo consumida pelo ódio de sua morte e é incapaz de se desligar dos seus restos mortais. Há quem ache que ela só será acalmada quando a linhagem dos Edains subirem novamente ao poder, desta vez pelos descendentes de Hyram.

Haviam cinco famílias élficas intimamente ligadas a Balthazar. Não há certezas se elas resistiram ao tempo, o que seria bom, pois Balthazar precisa de descendentes destas casas para se manifestar com maior poder no plano material.

Ithryn Luin foi o ultimo descendente da casa Luinil a se ter noticias. Sua relação com os elfos foi das piores, se afastou o máximo que pôde da influência de Eldanorë, fundou o Circulo Velado, usou sua influência para propósitos pessoais e, por fim, auxiliou Balthazar em sua jornada por poder. Há quem ache que Ithryn Luin ainda esteja vivo, servindo de avatar para Balthazar.

Os elfos continuam procurando por alguma região sagrada em que Aranrossë se manifeste, mas ainda não encontraram nada. Dizem que os elfos que partiram durante a guerra fundaram uma nova cidade no extremo norte e lá Aranrossë manifesta todo o seu poder.

Os humanos construíram uma cidade em cima de Osto Isil, chamada Alamaris, esta cidade também está amaldiçoada e assombrada. Os elfos temem que não haja mais maneiras de libertar o espírito de Elenlindale de seu tormento, pois os humanos macularam aquele solo.

Na verdade Elenlindale não é quem assombra aquela região. Pode ter sido no inicio, mas atualmente alguma entidade de grande poder controla aquela área, os elfos temem que possa ser Balthazar, ou Tlaloc.

Balthazar não se manifesta a quase 200 anos, todos os elfos esperam que ele tenha perecido na guerra das luas, mas há quem acredite que ele esteja apenas se preparando para recomeçar sua vingança contra os elfos.

Ninguém mais acredita na possibilidade de que Elerin Ro esteja vivo devido aos mais de 300 anos que se passaram desde sua captura. Ao mesmo tempo existem boatos de aparições suas em regiões longínquas, um desses boatos feitos pelo próprio Tlaloc, o que mantém a esperança dos elfos.


Estereótipo Racial

A imponência élfica está sepultada no passado e os elfos têm consciência disto. A ultima grande cidade élfica foi Osto Andúnë e ela não representava o esplendor que outrora fora Osto Isil. Os elfos evitam falar sobre Osto Isil, evitam encarar este passado amaldiçoado. Raríssimos elfos que viveram em Osto Isil ainda não morreram de velhice, e estes preferem uma vida eremita e isolada, longe do convívio com a sociedade élfica atual, simplesmente não são capazes de se adaptar a nova estrutura.

O tempo de mendicância também ficou no passado, na época em que foram banidos de Osto Andúnë pela guerra e andaram errantes até que Eldanorë fosse erguida. Este é um episodio que os elfos preferem enterrar e evitam tocar no assunto, é vergonhoso admitir que, um dia, viveram sob a tutela de uma cidade humana e agiram como crianças fracas, indefesas e desorientadas, mais do que qualquer episodio da historia élfica, este é um capitulo que não deveria ter existido.

Atualmente há uma desorganização dentro de Eldanorë. A guerra dos deuses desestabilizou toda Volund, uma estranha doença se alastrou rápido dentro de Eldanorë e os elfos que não desenvolveram imunidade natural não tardaram a perecer, e assim se extinguiu a família mais antiga entre os elfos, os Edains que sobreviveram a incontáveis desgraças, ironicamente terminavam vitimas de uma doença, incapazes e moribundos, sem altivez de espírito. O trono de Eldanorë está vago e a cidade permanece viva graças a paz aparente, os elfos sabem que precisam se reorganizar.

A indiferença quanto às outras raças e a auto-suficiência que os elfos se orgulhavam de possuir não existe mais na atual sociedade. Após serem massacrados três vezes e viverem todo o infortúnio da má sorte, os elfos agora reconhecem que sozinhos não são capazes de sobreviver, se tornaram extremamente diplomáticos e não se esquivam de manter relações amigáveis, em especial com os humanos, mas sabem que são superiores a todas as outras raças.

A noção de unidade élfica é forte, não é bem visto elfos que viram as costas ao seu povo para conviver diretamente com outras raças. Um elfo sempre fará o que é melhor para o seu povo, colocando o bem estar comum acima dos seus interesses particulares. Talvez este seja o maior motivo da desconfiança que os elfos mantém sobre o resto do mundo, nunca confiam inteiramente em ninguém, vivem alertas e esperam uma traição a qualquer instante. Conseguir uma relação de confiança verdadeira com um elfo é algo inconcebível, um elfo lidará com um ser de outra raça sempre com desconfiança, porém tomando os devidos cuidados para não deixar evidente esta situação. Um ser de outra raça entrar em Eldanorë é algo que não ocorre a, pelo menos, cem anos.

Os elfos são fieis a Aranrossë quando se trata de religião, não adoram outros deuses, jamais, tal ato seria imoral. O desaparecimento de Aranrossë é um mistério, pois para os elfos, não faz sentido a deusa ter se recolhido já que eles não fizeram nada que pudesse decepcioná-la, ou ao menos não tem consciência de o terem feito. Quando pensam no assunto temem que a reclusão dos elfos em participar da guerra dos deuses pode ser o motivo e, de alguma maneira, isto os dá esperanças de que os elfos que partiram durante a guerra fundaram outra cidade e lá Aranrossë se manifeste. Tudo não passa de especulações, mas muitos elfos crêem que seja verdade. O desaparecimento de Aranrossë não tornou os elfos menos religiosos, pelo contrário, uma vez que a deusa não se manifesta eles intensificaram os cultos em honra a Aranrossë, fortaleceram as relações pessoais e não poupam esforços para provarem valor individual, pois o maior gesto de amor a Aranrossë é expressado através da coragem e da nobreza.

Recentemente têm surgido propostas de grupos iniciarem buscas e peregrinações através do mundo a procura de sinais de Aranrossë. Tais propostas de peregrinações e o desejo de demonstrações de coragem trouxeram a tona um assunto desagradável: Osto Isil.

O surgimento de tribos orcs próximas de Eldanorë, em parte, preocupa os elfos. Não confiam em orcs, mas sabem que as atuais tribos se fragmentaram e enfraqueceram e há orcs valorosos, dignos de respeito e admiração. Não é novidade para os elfos que as tribos orcs são independentes e que é possível manter relações amistosas com os mesmos, sabem que os orcs são apenas peões num tabuleiro de xadrez, são facilmente manipuláveis e supersticiosos. Como tribo não representa perigo, mas quando se reúnem como nação e são manipulados, se tornam extremamente destrutivos e perigosos. Os elfos são capazes de conviver pacificamente com orcs, mas não confiam neles e preferem deixar isto bem claro.